A Midas Filmes estreia a 18 de julho a nova versão restaurada em 4K do clássico japonês “RAN – Os Senhores da Guerra”, de Akira Kurosawa, que adapta a peça “Rei Lear” aos temas e ambientes do Japão Medieval. “Um inesquecível espectáculo visual que influenciou inúmeros realizadores e é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.”
Alguns dos seus filmes influenciaram diretamente o cinema americano, tendo Hollywood adaptado ao cinema filmes como “Os Sete Samurais” (1954), que se transformou em “Os Sete Magníficos” (1960); “Às Portas do Inferno” (1950) transformou-se em “The Outrage” (1964); e “Yojimbo” (1961) transformou-se em “Por um Punhado de Dólares” (1964). Kurosawa ficou ainda conhecido por filmes como “A Fortaleza Escondida” (1958), “Derzu Uzala” (1975) e “A Sombra do Guerreiro” (1980).
“A obra-prima de Kurosawa adapta “Rei Lear” aos temas e ambientes do Japão Medieval, com o episódio de um velho guerreiro que decide repartir as suas terras pelos três filhos, desencadeando uma luta de poder entre os irmãos, que termina de forma trágica. Da mestria de Kurosawa resulta uma extraordinária e excêntrica fusão entre um dos maiores clássicos literários do ocidente e um estudo minucioso da história do Japão do século XVI.”
“Para fazer da peça de Shakespeare um detalhado fresco de uma época histórica, Kurosawa não só lhe introduz diversos elementos estilísticos do teatro Nô, como se apropria do seu enredo e o radicaliza tornando-o muito mais extremo que o original, demostrando assim a verdadeira universalidade deste clássico. Ao longo de 10 anos, Kurosawa estudou de forma minuciosa aquela época – os gestos, o vestuário, os adereços, a arquitetura – para os transpor para o filme e, antecipando o agravamento da sua perda de visão, preparou um storyboard detalhado, a partir do qual a sua equipa soube exatamente como filmar cada cena de Ran.”
“Esta grandiosa produção, pela forma tão cuidadosa e precisa como foi pensada e realizada, resulta num inesquecível espetáculo visual, rico na sua dramaturgia e detalhes, e foi amplamente premiada, nomeadamente com o Óscar para melhor guarda-roupa e vários BAFTA.”
O filme de quase três horas estreou pela primeira vez em Portugal a 19 de novembro de 1986. Regressa trinta e três anos depois numa versão restaurada, a 18 de julho.