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San Sebastián 2023: “O Corno do Centeio”, co-produção portuguesa, venceu a Concha de Ouro

"O Corno do Centeio", de Jaione Camborda "O Corno do Centeio", de Jaione Camborda
"O Corno do Centeio", de Jaione Camborda

Terminou no passado sábado, 30 de setembro, a 71.ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, que regressa todos os anos à cidade espanhola de San Sebastián. Um dos mais consagrados festivais na perspetiva global do cinema, premeia com a Concha de Ouro, o melhor filme em competição. Este ano, de particular interesse.

Foi a longa-metragem da realizadora espanhola, Jaione Camborda, que levou para casa a principal distinção da noite. O Corno do Centeio (“The Rye Horn”), com co-produção entre Portugal, Espanha e Bélgica, oferece-nos uma história que tem como cenário a região da Illa de Arousa no ano de 1971. Filmado entre a Galiza e o Norte de Portugal e produzido pelas produtoras: Miramemira, Bando à Parte e Bulletproof Cupid, o filme conta a história de Maria, “uma mulher que ganha a vida na apanha de marisco. Ela também é conhecida na ilha por ajudar outras mulheres no parto com dedicação e cuidado especial. Após um evento inesperado, ela é forçada a fugir e inicia uma jornada perigosa que a fará lutar por sua sobrevivência. Em busca de sua liberdade, Maria decide atravessar a fronteira por uma das rotas de contrabando entre a Galiza e Portugal.”

Para além desta longa-metragem, foi atribuído a Concha de Prata de melhor realizador, aos cineastas Tzu-Hui Peng e Ping-Wen Wang pelo filme, A Journey in Spring (Taiwan). O Prémio para melhor argumento foi para “Puan” (Argentina-Itália-Alemanha-França-Brasil), recebendo o prémio Concha de Prata, María Alché e Benjamín Naishtat.

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Quanto à categoria referente à distinção especial dos júris, o galardão foi para a realizadora Isabella Eklöf, pelo filme “Kalak” (Dinamarca-Suécia-Noruega-Finlândia-Gronelândia-Países Baixos), que conquistou também o prémio de melhor cinematografia.

Relativamente às restantes categorias em competição na 71.ª edição de San Sebastián, a Concha de Prata de melhor performance divida em ex aequo pelos atores Marcelo Subiotto (“Puan”) e Tatsuya Fuji (“Great Absense”), enquanto que o prémio para melhor performance secundária foi para Hovik Keuchkerian (“Un amor”).

Foi assim que, pelo quarto ano consecutivo, o prémio mais importante em competição foi conquistado por uma realizadora, depois de “O Começo” (2020), de Dea Kulumbegashvili, “Cari Nou” (2021), de Alina Grigore, e “Los reyes del mundo” (2022), de Laura Mora Ortega.

A produção espanhola “El castillo”, de Martín Benchimol, foi o grande vencedor da secção Horziontes. Victor Erice, Hayao Miyazaki e Javier Bardem foram premiados com o prémio honorário Donostia, em homenagem às suas carreiras.