O bom de um período menos bom.
A década de 60 foi um bocado parada nos estúdios da Disney, saindo apenas para os cinemas 3 filmes: “101 Dálmatas”, “A espada era a Lei” e “O livro da Selva”.
Dos três, o que eu elejo como o melhor: “A espada era a Lei”. Este não é nem de longe melhor filme que a Disney tem para nos mostrar (talvez a ser por isso que seja o único a não ter direito nem a sequela, nem a série de TV) mas mesmo sendo esta versão uma espécie de Rei Artur preso no conto da Cinderela (as semelhanças são evidentes) não deixa de ser a nossa primeira versão das lendas Arturianas; e a primeira vez seja do que for, raramente se esquece.
Temos lá a magia e a boa disposição do velho Merlin, temos o rapazote enfezado que quer ser alguém na vida, temos uma Inglaterra medieval e temos também a quase indispensável bruxa má. A receita está lá e nós bem que gostamos da receita por mais vezes que a comamos. E justiça seja feita, a cena da batalha entre Merlin e Mim é uma das melhores cenas de animação alguma vez feitas, a primar sobre tudo pelo rigor técnico.
A década de 60 não foi a mais inspirada dos estúdios de animação da Disney (se calhar estavam ocupados demais a acompanhar o movimento Hippie, digo eu…) mas ainda assim a merecer o destaque de que mesmo numa fase menos boa, continuam a criar filmes bastante bons. E é por isso que a Disney merece o seu destaque.