25 de Abril

“The New York Times”: Top 10 dos Melhores Filmes de 2023

Lily Gladstone Mollie Burkhart Assassinos da Lua das Flores A Geleia 1 Lily Gladstone Mollie Burkhart Assassinos da Lua das Flores A Geleia 2

Dando continuidade à nossa compilação dos melhores filmes do ano, selecionados pelas principais revistas e jornais especializados, apresentamos hoje a escolha do renomado jornal norte-americano The New York Times. Assim como a revista Time, o jornal foi um dos primeiros a divulgar seus favoritos do ano, fazendo isso em 1º de dezembro.

O texto coescrito pelas jornalistas Manohla Dargis e Alissa Wilkinson destaca que 2023 foi um ano excelente para a sétima arte. Desde grandes produções de Hollywood até obras independentes de baixo orçamento, para elas, o ano foi caracterizado por histórias originais e envolventes que cativaram o público.

Dargis e Wilkinson afirmam que o ano se destacou pelo surgimento de novos talentos, como AV Rockwell, e pela continuidade de figuras já consagradas, como o lendário Martin Scorsese. Nesse cenário, também se deparam com nomes que nos são familiares, ouvimos falar deles ou os vimos ganhar destaque, enquanto outros mal deixaram qualquer impressão ou impacto perceptível.

Em 2023, a cena independente foi preservada pela agora cultuada A24 e pela pequena KimStim. Nesse contexto, a dupla ressalta que, além dessas, surgiram outros players oriundos de empresas de tecnologia, bem como aqueles associados aos chamados “estúdios legados” – uma expressão vagamente elogiosa que sugere tanto influência quanto obsolescência.

As jornalistas resgatam o fenômeno “Barbenheimer”, que impulsionou as bilheteiras, assim como as greves que trouxeram à tona fatos e detalhes preocupantes sobre a indústria cinematográfica.

Elas destacam o ano de 2023 como um divisor de águas, ampliando a participação feminina em diversos tipos de filmes, desde produções íntimas até grandes sucessos monumentais.

Além disso, enfatizam que foi o ano que cativou o grande público, levando as pessoas a saírem felizes de casa para assistir a filmes que não envolviam super-heróis. Ocasionalmente, os protagonistas deixaram de aparecer em filmes desse género, fato evidenciado pelas decepções tanto dos estúdios DC quanto da Marvel, como “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, “Shazam: Fúria dos Deuses”, “The Flash”, “Blue Beetle” e “The Marvels”, respectivamente.

Na análise de Dargis e Wilkinson, o ano revelou a fratura na estrutura da Disney e sua subsidiária Marvel. Essa fissura, que começa a se manifestar, é evidenciada pela “fadiga do super-herói”, algo que, em retrospectiva, não deveria surpreender absolutamente ninguém.

É, igualmente, um ano de ruptura e renascimento, visto que a velha Hollywood abraçou filmes de género, ao mesmo tempo em que investiu na diversidade, produzindo musicais, westerns, dramas, comédias, épicos históricos, contos de detetives e filmes de gângsteres, além de híbridos de géneros. Alguns eram intercambiáveis; outros apresentavam narrativas inéditas, estilos visuais distintos e toques autorais.

Por fim, 2023 será lembrado como o ano em que a posição criativa dos grandes estúdios ficou ainda mais evidente, especialmente aqueles predominantemente envolvidos em séries e franquias de ação e aventura. Essa tendência é preocupante, pois transforma a indústria em uma monocultura. Cada vez que apostam na semelhança, comprometem a diversidade, criando uma linha de produção viciada.

Dito isso, aqui estão os 10 melhores filmes do ano, segundo o jornal The New York Times:

 

1) “Killers of the Flower Moon”, de Martin Scorsese

 

2) “Oppenheimer”, de Christopher Nolan

 

3) “Menus-Plaisirs – Les Troisgros”, de Frederick Wiseman

 

4) “Occupied City”, de Steve McQueen

 

5) “A Thousand and One”, de AV Rockwell

 

6) “Asteroid City”, de Wes Anderson

 

7) “May December”, de Todd Haynes

 

8) “Showing Up”, de Kelly Reichardt

 

9) “Orlando, My Political Biography”, de Paul B. Preciado

 

10) “Stonewalling”, de Huang Ji, Ryuji Otsuka

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