A 45.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), no Canadá, um dos mais importantes festivais de cinema da América do Norte, já revelou parte do seu programa, que este ano teve de se adaptar à atual situação da pandemia, reinventando-o num híbrido entre presença física e digital, com grandes estreias, palestras e experiências interativas.
De 10 a 19 de setembro, o TIFF vai apresentar uma programação de 50 novos filmes, dos quais se destacam os novos filmes de Francis Lee, Werner Herzog, François Ozon, Thomas Vinterberg, Gianfranco Rosi, Naomi Kawase, Regina King e Mira Nair.
Para filme de abertura foi escolhido o novo trabalho de Spike Lee, “American Utopia”, um documentário musical sobre a gravação ao vivo de uma performance da Broadway de uma versão modificada do álbum American Utopia de David Byrne. Para a sessão de encerramento estreia o novo filme da cineasta indiana Mira Nair, “A Suitable Boy”, um drama de seis partes que estreou na BBC, no Reino Unido, a 26 de julho.
Para a selecção oficial da secção Special Presentations estão confirmados: “Another Round”, de Thomas Vinterberg, “Falling”, de Viggo Mortensen, “Penguin Bloom”, de Glendyn Ivin, “Summer of 85”, de François Ozon, “The Disciple”, de Chaitanya Tamhane, “The Father”, de Florian Zeller, e “True Mothers”, de Naomi Kawase.
A secção Gala Presentations conta com os filmes: “Ammonite”, de Francis Lee, “Bruised”, de Halle Berry, “Concrete Cowboy”, de Ricky Staub, “David Byrne’s American Utopia”, de Spike Lee, “Good Joe Bell”, de Reinaldo Marcus Green, “I Care A Lot”, de J Blakeson, “Nomadland”, de Chloé Zhao, “One Night in Miami”, de Regina King, e “Pieces of a Woman”, de Kornél Mundruczó.
Destaque ainda para o “Notturno”, de Gianfranco Rosi, na secção Masters, um novo documentário do cineasta italiano que faz um retrato imersivo sobre aqueles que tentam sobreviver no Médio Oriente devastado pela guerra. Na seção Discovery, destacam-se os filmes “Wildfire”, de Cathy Brady, “The Best Is Yet to Come”, de Jing Wang, “Spring Blossom”, de Suzanne Lindon, e “Gaza Mon Amour”, dos realizadores palestinos Tarzan Nasser e Arab Nasser, (uma coprodução internacional, entre França, Alemanha e Portugal).
Na secção Documentários TIFF, destacam-se os filmes “Fireball: Visitors from Darker Worlds”, de Werner Herzog e Clive Oppenheimer, “City Hall”, de Frederick Wiseman, “MLK/FBI”, de Sam Pollard, e “76 Days”, de Hao Wu, Weixi Chen e realizadores anónimos.
O TIFF confirma que este ano há uma “forte representação de mulheres, negros, indígenas e pessoas de cor na seleção de filmes que pretende refletir o compromisso contínuo da organização em normalizar a paridade de género e a igualdade racial para as gerações futuras”.
“Estamos gratos a todos os cineastas e empresas que se juntaram a nós nesta aventura e mal podemos esperar para partilhar estes filmes brilhantes com o nosso público”, disse o codiretor e diretor artístico do TIFF, Cameron Bailey.
“O TIFF 2020 é uma edição especial e simboliza o que é possível quando a colaboração, a engenhosidade e a paixão ocupam o centro do palco”, disse Joana Vicente, co-chefe e diretora executiva do TIFF. “É também um momento para celebrarmos e afirmarmos alguns dos valores fundamentais do TIFF, incluindo o poder do cinema que deve impulsionar-nos como sociedade e apresentar uma diversidade de vozes. Estou orgulhosa e empolgada em partilhar esses filmes com o público.”