Time waits for no one: #15 (Speed)

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«Time can tear down a building or destroy a woman’s face Hours are like diamonds, don’t let them waste.»

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Os 20 anos de «Speed»

1994. No mesmo ano em que estreavam «Flinstones» e «Quatro Casamentos e Um Funeral», Jan de Bont (director de fotografia em filmes como «Die Hard», «Basic Instinct» ou «Black Rain») trazia-nos «Speed», com Keanu Reeves, Sandra Bullock e Dennis Hopper.

A história é muito simples: Jack Traven é um oficial da policia de Los Angeles que vê Howard Payne – um bombista – voltar a atacar enquanto se pensava que estivesse morto. Desta vez o criminoso decide armadilhar um autocarro com passageiros no interior. Caso este autocarro baixe de velocidade abaixo das 50 milhas horárias, a bomba é activada. Um destes passageiros é Annie Porter, que vai auxiliar Jack nesta aventura a alta velocidade.

«Speed» é exactamente o que o titulo nos sugere. É uma locomotiva a alta velocidade. É um filme de acção, no mais puro sentido, desde o inicio até ao fim, sem nunca conseguirmos perceber quando e como se desenrolará o enredo. Tudo o que vemos neste filme já vimos certamente em filmes que o precederam, mas Jan de Bont e a sua equipa tornaram-no ainda hoje fresco e entusiasmante.

Embora o Holandês não seja novo nestas lides, este é o primeiro filme que realiza. No que diz respeito à produção, um filme de acção é sempre ou tudo ou nada. E a falta de experiência de de Bont revela-se porventura na generalização de certos tipos e personagens, e no diálogo mais ou menos inspirado. No entanto, «Speed» move-se a alta velocidade, e é isso que aqui importa. É visualmente sofisticado, torna plausível o implausivel e mantém o ritmo acelerado até ao final.

Contrariando as premissas da maior parte de filmes antagónicos de perseguição ou de velocidade, aqui o objectivo da policia não é impedir que o autocarro avance, mas sim assegurar que não baixe de velocidade. Invertendo este hábito narrativo, Jan de Bont e o argumentista Graham Yost conseguem prender o espectador ao ecrã, e trazer até ele uma série de problemas que implica um veículo que não pode parar e acelera através da autoestrada.

Andrezj Bartkowiak (director de fotografia), John Wright (editor) e Gary Hymes (coordenador de duplos) formam a equipa que mais contribui para o fascínio que este filme tem vindo a exercer sobre os espectadores nestes seus vinte anos, e o torna visualmente cativante. Nada que «Speed» transporta para o grande ecrã, desde as explosões furiosas ao tremendo pânico em plena autoestrada, foi alguma vez repetido posteriormente.

A qualidade do realizador está presente na sequência nervosa de abertura que envolve uma bomba armadilhada num elevador, filmada exclusivamente num cenário construído para o efeito, com cinco andares de altura. É nesta altura que nos é dado a conhecer Jack Traven, o seu parceiro mais consciente Harry Temple (Jeff Daniels) e o seu comandante Captain McMahon (Joe Morton).

Keanu Reeves toma partido da interpretação mais forte do filme e a sua intensidade inesperada é crucial pois dota-o da sua ferocidade que tão bem o caracteriza.

Apesar de ser um dos filmes mais marcantes das últimas duas décadas, não consegue igualar títulos como «The Fugitive» ou «In the Line of Fire», do ano anterior.

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Próxima publicação (25 de junho): «Os Abutres Têm Fome» (1970), de Don Siegel

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