Terminou o reinado de 50 anos do filme “Citizen Kane” (“O Mundo a Seus Pés”, 1941) de Orson Welles, como o melhor filme de sempre. A revista inglesa “Sight and Sound”, que de dez em dez anos, convida um grupo de críticos e especialistas da área para nomear os melhores filmes de sempre, divulgou recentemente a sua nova lista.
“Vertigo – A Mulher que Viveu Duas Vezes”, de Alfred Hitchcock, foi eleito, por 846 críticos, o melhor filme de todos os tempos, contrariando o resultado das últimas cinco décadas. “Vertigo”, que não foi muito apreciado pelo público e pela crítica na sua época, é hoje uma obra-prima do cinema e considerado o melhor filme de Hitchcock.
Em segundo lugar da lista passa a estar “O Mundo a Seus Pés”, que foi considerada pela revista “Sight and Sound”, desde 1962, o melhor filme de sempre. Esta obra megalómana do cinema, a primeira de Welles, sobre o sucesso e queda de um magnata, pode ter perdido o seu lugar no pódio, mas irá continuar a ser sempre um dos melhores filmes de sempre, como uma referência para cineastas, teóricos, estudantes e amantes da sétima arte.
A primeira lista a ser criada foi em 1952, tendo eleito como o melhor filme de sempre o clássico do neo-realismo italiano, “O Ladrão de Bicicletas” (1948) de Vittorio De Sica, que nesta nova lista ocupa a 33ª posição.
Top 50 dos Melhores Filmes de Sempre
- Vertigo – Mulher Que Viveu Duas Vezes (Vertigo, 1958) de Alfred Hitchcock
- O Mundo a Seus Pés (Citizen Kane, 1941) de Orson Welles
- Viagem a Tóquio (Tokyo Story, 1953) de Yasujiro Ozu
- A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, 1939) de Jean Renoir
- Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans, 1927) de FW Murnau
- 2001: Odisseia no Espaço (2001: A Space Odyssey, 1968) de Stanley Kubrick
- A Desaparecida (The Searchers, 1956) de John Ford
- O Homem da Câmara de Filmar (Man with a Movie Camera, 1929) de Dziga Vertov
- A Paixão de Joana d’Arc (The Passion of Joan of Arc, 1927) de Carl Dreyer
- 8½ (8½, 1963) de Federico Fellini
- O Couraçado Potemkin (Battleship Potemkin, 1925) de Sergei Eisenstein
- O Atalante (L’Atalante, 1934) de Jean Vigo
- O Acossado (Breathless, 1960) de Jean-Luc Godard
- Apocalypse Now (Apocalypse Now, 1979) de Francis Ford Coppola
- Primavera Tardia (Late Spring, 1949) de Yasujiro Ozu
- Peregrinação Exemplar (Au hasard Balthazar, 1966) de Robert Bresson
- Os Sete Samurais (Seven Samurai, 1954) de Akira Kurosawa
- A Máscara (Persona, 1966) de Ingmar Bergman
- O Espelho (Mirror, 1974) de Andrei Tarkovsky
- Serenata à Chuva (Singin’ in the Rain, 1952) de Stanley Donen, Gene Kelly
- A Aventura (L’avventura, 1960) de Michelangelo Antonioni
- O Desprezo (Le Mépris, 1963) de Jean-Luc Godard
- O Padrinho (The Godfather, 1972) de Francis Ford Coppola
- A Palavra (Ordet, 1955) de Carl Dreyer
- Disponível para Amar (In The Mood for Love, 2000) de Kar Wai Wong
- Às Portas do Inferno (Rashomon, 1950) de Akira Kurosawa
- Mulholland Drive (Mulholland Dr., 2001) de David Lynch
- Stalker (Stalker, 1979) de Andrei Tarkovsky
- Shoah (Shoah, 1985) de Claude Lanzmann
- O Padrinho: Parte II (The Godfather: Part II, 1974) de Francis Ford Coppola
- Taxi Driver (Taxi Driver, 1976) de Martin Scorsese
- Ladrões de Bicicletas (Bicycle Thieves, 1948) de Vittorio De Sicca
- Pamplinas Maquinista (The General, 1926) de Buster Keaton
- Metropolis (Metropolis, 1927) de Fritz Lang
- Psico (Psycho, 1960) de Alfred Hitchcock
- Jeanne Dielman, 23 quai du Commerce 1080 Bruxelles (Jeanne Dielman, 23 quai du Commerce 1080 Bruxelles, 1975) de Chantal Akerman
- Sátántangó (Sátántangó, 1994) de Béla Tarr
- Os Quatrocentos Golpes (The 400 Blows, 1959) de François Truffaut
- A Doce Vida (La Dolce Vita, 1960) de Federico Fellini
- Viagem em Itália (Journey to Italy, 1954) de Roberto Rossellini
- O Lamento da Vereda (Pather Panchali, 1955) de Satyajit Ray
- Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot, 1959) de Billy Wilder
- Gertrudes (Gertrud, 1964) de Carl Dreyer
- Pedro o Louco (Pierrot le fou, 1965) de Jean-Luc Godard
- Play Time – Vida Moderna (Play Time, 1967) de Jacques Tati
- Close-Up (Close-Up, 1990) de Abbas Kiarostami
- A Batalha de Argel (The Battle of Algiers, 1966) de Gillo Pontecorvo
- Histoire(s) du cinéma (Histoire(s) du cinéma, 1998) de Jean-Luc Godard
- Luzes da Cidade (City Lights, 1931) de Charlie Chaplin
- Contos da Lua Vaga (Ugetsu monogatari, 1953) de Kenji Mizoguchi