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Vicente Alves do Ó deseja que “Amadeo” estreie só em 2021

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Com a estreia de “Golpe de Sol” nos cinemas portugueses, decidimos invocar o novo e já anunciado projeto de Vicente Alves do Ó“Amadeo” – a cinebiografia do pintor modernista português, Amadeo de Souza-Cardoso, que seguirá o registo das anteriores biopics que o realizador nos habituara como “Florbela” (2012) e “Al Berto” (2017).

Rodado entre novembro e dezembro do ano passado, em locais como Lisboa, Óbidos, Sintra e Caldas da Rainha, “Amadeo” seguirá a vida do artístico, naquilo que o próprio Alves do Ó classifica como uma abordagem mais imagética do que literária de um “artista fascinante que não pediu licença para existir” [em declaração à Lusa].

Em relação à sua estreia e tendo em conta que 2020 não é um ano convencional quanto a lançamentos cinematográficos, o realizador respondeu ao Cinema 7ª Arte: “Estamos em pós-produção e vamos tentar finalizá-lo em setembro. Acho que dificilmente estreará este ano, talvez só mesmo para o ano. Eu sei que estreia marcada para novembro [12 de novembro], mas confesso que estou a fazer lobby pessoal para que tal não aconteça e que chegue só mesmo para o próximo ano. É um filme que desejo que faça carreira internacional.”

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O ator Ricardo Barbosa na promoção de “Golpe de Sol”

Por enquanto, o que sabemos do filme, para além de algumas imagens soltas, é que terá (novamente) produção da Ukbar Filmes (da Pandora Cunha Telles), contando com um orçamento superior a um milhão de euros. O ator Rafael Morais, destacado em filmes como “Como Criar um Circulo Perfeito” de Marco Martins e “Sangue do Meu Sangue” de João Canijo, incorporará Amadeo de Souza-Cardoso, liderando um elenco composto por Ana Lopes (a mulher do pintor), José Neves (como o artista Almada Negreiros), Carla Chambel (a artista Sarah Affonso), João Cachola (o pintor Amedeo Modigliani), Ana Vilela da Costa, José Pimentão, Lúcia Moniz, Manuela Couto, Rogério Samora, Mariana Pacheco, Eunice Muñoz, Elamno Sancho (o poeta Max Jacob) e Ricardo Barbosa.

Este último, um ator presente na carreira de Vicente Alves do Ó, nomeadamente, com um papel crucial em “Golpe de Sol”, falou ao Cinema 7ª Arte sobre o seu futuro papel, visto desempenhar um outro pintor – Eduardo Afonso Viana. “É um filme de época, e como tal, enquanto ator fui obrigado a elaborar um trabalho mais profundo e dedicado. Eu tive aprender a pintar para este papel.

Barbosa referiu também uma coincidência mórbida: “este filme conta a história de uma pintor que acaba por morrer devido a gripe espanhola, na pandemia de 1918. Terminamos a rodagem a meio de dezembro, e é março estamos todos fechamos no meio de uma pandemia. Quando virmos o ‘Amadeo’ nos cinemas aperceberemos desse retrato tão ‘atual’. Desde que as próprias personagens aconselham umas às outras a não sair de casa, a protegerem-se. Uma época tão distante e igualmente tão próximo no nosso dia-a-dia.

O filme terá distribuição garantida da NOS Audiovisuais.