Conhecido por interpretar o ambicioso e sedutor Cal Hockley em “Titanic”, o ator norte-americano Billy Zane agora assumiu o papel do ícone dos anos 50, Marlon Brando, no novo filme de Bill Fishman, “Waltzing With Brando”.
Baseado no livro de memórias “Waltzing with Brando: Planeando um Paraíso em Tahiti” (em tradução literal), escrito pelo arquiteto Bernard Judge, amigo de Brando, a cinebiografia de Fishman ocorre no final dos anos 1960 e início dos anos 70, quando o ator comprou o atol privado de Tetiaroa, no Pacífico Sul.
Nessa altura, Brando precisava de continuar a trabalhar para financiar os projetos ambientais que ele e Judge estavam a desenvolver na ilha.
Entre esses trabalhos estavam sucessos como “O Padrinho”, de Francis Ford Coppola e “Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci, cujos momentos serão recriados no filme.
“Quando lhe ligaram sobre o filme de gangster, ele aceitou para financiar o que estavam a tentar criar em Tetiaroa”, disse Zane ao Deadline, referindo-se ao que viria a ser “O Padrinho”, de Ford Coppola.
Semelhança
Segundo o que foi divulgado pelo Deadline, os figurinistas, cabeleireiros e maquilhadores de “Waltzing With Brando” utilizaram muitos dos moldes e equipamentos para garantir que Zane se assemelhasse a Brando.
Brando
Há poucos atores, se é que existe algum, que tenham atingido o impacto de Marlon Brando na arte da atuação americana. Desafiando as convenções de Hollywood, ele emergiu como um dos principais representantes de uma nova geração de atores pós-guerra.
O carisma envolvente de Brando, em papéis como Stanley Kowalski na adaptação de “Um Elétrico Chamado Desejo” (1951), realizado por Elia Kazan, não só cativou o público, como também redefiniu o estilo de atuação.
Contudo, sua consagração veio com sua atuação magistral como Don Vito Corleone em “O Padrinho” (1972), realizado por Francis Ford Coppola. A sua interpretação meticulosa do mafioso implacável, mesclando força e vulnerabilidade, tornou-se um marco na história do cinema e solidificou o seu estatuto como um dos maiores atores de todos os tempos.
Apesar de sua grandeza, Brando não hesitava em explorar novos territórios ou formatos. Para além de protagonizar filmes aclamados, optou por participar em produções menos reconhecidas, como “Revolta na Bounty” (1962), realizado por Lewis Milestone, “A Ilha do Dr. Moreau” (1996), realizado por John Frankenheimer e “Sem Saída” (2001), realizado por Frank Oz.