A Cinemateca Portuguesa organiza uma sessão especial e irrepetível que contará com a presença do cineasta norte-americano Woody Allen, para a exibição do seu filme “Manhattan” (1979), no dia 14 de setembro.
Woody Allen, à beira de completar 88 anos, estará pela primeira vez na Cinemateca Portuguesa numa sessão e conversa com o humorista português Ricardo Araújo Pereira. “Gravidade Zero” é o título deste evento que resulta de uma colaboração com o Grupo Almedina e o festival Folio. A sessão especial decorre a 14 de setembro, pelas 15h, na Sala M. Félix Ribeiro, na Cinemateca.
“O inadjectivável ‘Manhattan’ (o seu filme que mais vezes passou na Cinemateca, a par de ‘A Rosa Púrpura do Cairo’) dá a ver um Woody Allen, no expoente máximo da sua linguagem, no papel de um escritor neurótico às voltas com as suas igualmente neuróticas relações amorosas na sua Nova Iorque de sempre.”, segundo a Cinemateca.
Quarenta e quatro anos depois da estreia de “Manhattan”, uma carta de amor à sua cidade de eleição, cenário onde filmou a maioria dos seus filmes, o filme é novamente exibido em Lisboa.
O filme, um dos mais aclamados da sua obra, é protagonizado pelo realizador ao lado da atriz Diane Keaton, que explora a vida neurótica e os amores de um escritor de comédias divorciado duas vezes. Com uma direção de fotografia sublime e com uma abertura pomposa ao som de “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin, o filme recebeu duas nomeações aos Óscares e venceu o BAFTA de Melhor Filme e o César de Melhor Filme Estrangeiro.
A visita acontece na véspera da estreia do seu novo filme, “Golpe de Sorte”, que chegará às salas portuguesas a 5 de outubro. Este será o 50.º filme do realizador, ator e argumentista, que explora o romance contemporâneo através de um thriller inteiramente rodado em Paris.
Protagonizado por Lou de Laâge, Melvil Poupaud e Niels Schneider, e juntamente com Valérie Lamercier, Grégory Gadebois e Guillaume de Tonquédec, este “Golpe de Sorte” é o primeiro filme em francês de Woody Allen, que o descreve como “semelhante ao ‘Matchpoint’, excitante, dramático e algo sinistro’. O realizador e argumentista inspira-se nas cores da deslumbrantes da cidade da luz e no jazz moderno, típico do cinema francês, para exprimir a viagem emocional das personagens.
Woody Allen que tem trabalhado “quase sempre no território da comédia, nas últimas décadas tem vindo a deixar o protagonismo para outros atores que funcionam como alter-ego da sua persona, concentrando-se sobretudo no trabalho atrás das câmaras.”, lê-se no comunicado da Cinemateca.
