Casa do Cinema de Coimbra acolhe Mostra de Cinema Guineense

Os filmes trazidos pela Casa do Cinema de Coimbra integram a Mostra de Cinema Guineense
"Nome", de Sana Na N’Hada Casa do Cinema de Coimbra "Nome", de Sana Na N’Hada Casa do Cinema de Coimbra
"Nome", de Sana Na N’Hada

Nos dias 13 e 20 de setembro, a Casa do Cinema de Coimbra acolhe duas exibições gratuitas: “Nome”, de Sana Na N’Hada, e “Guiné-Bissau: da Memória ao Futuro”, de Diana Andringa.

Os filmes integram a Mostra de Cinema Guineense, uma iniciativa coorganizada pela Câmara Municipal de Coimbra e a Organização de Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra (OEGBC), no âmbito da sua Jornada Académica. Ambas as sessões incluem debates após as projeções.

A programação abre no sábado, 13 de setembro, às 18h, com “Nome”, de Sana Na N’Hada. Apresentada em Portugal em fevereiro deste ano, a obra revisita a memória da Guerra Colonial Portuguesa na Guiné-Bissau. Numa abordagem poética e ficcional que recorre a imagens de arquivo da época — originalmente documentadas pelo realizador e os seus camaradas — a longa-metragem convida a refletir sobre o legado da independência do país.

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A exibição é seguida de conversa com o arquiteto, ativista e poeta Michel Té e Bayum-ne Cá, professor e investigador, com a moderação de Bernardo Neto, membro da OEGBC.

No sábado seguinte, 20 de setembro, às 19h, a Mostra apresenta “Guiné-Bissau: da Memória ao Futuro”, documentário de Diana Andringa. A partir de um encontro realizado em Coimbra, em 2018, que reuniu académicos, membros da sociedade civil e combatentes guineenses em diálogo com investigadores portugueses e internacionais, o registo ilustra como a memória coletiva pode transformar-se num instrumento para imaginar o futuro. O debate pós-sessão contará com intervenientes a anunciar brevemente através dos canais oficiais dos organizadores.

Mais do que um programa cinematográfico, o evento constitui uma oportunidade de reflexão cultural e académica para a comunidade estudantil e para o público geral. Ao destacar produções fundamentais para pensar a história e identidade guineense, a iniciativa valoriza o cinema como ferramenta de diálogo crítico e criativo sobre o passado, o presente e os desafios da Guiné-Bissau.