25 de Abril

“As mulheres trans são mulheres”, disse Daniel Radcliffe em resposta a J.K. Rowling

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“As mulheres transgénero são mulheres”. A resposta de Daniel Radcliffe à polémica de J.K. Rowling. Daniel Radcliffe, conhecido por interpretar a personagem de Harry Potter nos cinemas, reagiu firmemente aos tweets polémicos da autora J.K. Rowling que causaram uma onda de indignação online.

Tudo começou quando a escritora se posicionou a favor de uma pesquisadora, Maya Forstater, acusada de transfobia por não acreditar que mulheres transgénero pudessem mudar de sexo.

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Numa carta aberta publicada no website The Trevor Project, uma organização sem fins lucrativos que apoia jovens LGBTI+, o ator afirmou que “mulheres transgénero são mulheres. Dizer o contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas transgénero e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde, que sabem mais sobre este assunto que a eu ou a Jo.”

Radcliffe apontou ainda para as estatísticas do website, que nos mostram que 78% da juventude transgénero e não-binária já foram vítimas de discriminação. “Precisamos de fazer mais para apoiar pessoas transgénero e não-binárias, não invalidar as suas identidades e não lhes provocar mais danos”, escreveu o ator.

Antes deste tweet, Rowling repostou ainda um artigo do website Denex, intitulado “Criar um Pós-COVID-19 mais Igualitário para as Pessoas que Menstruam”, dizendo que as pessoas que menstruam são mulheres.

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Afirmou também que “apagar o conceito de sexo retira a capacidade de muitos discutirem significativamente as suas vidas”, respondendo a alguns dos seus comentários que foram vistos como transfóbicos.

Apesar disto, Radcliffe afirma que não há nenhum conflito entre o ator e a escritora, mas sendo que esta é indubitavelmente responsável pelo rumo que a sua vida tomou, Radcliffe decidiu pedir desculpa se a polémica afetou a experiência da leitura dos livros da saga “Harry Potter”. O ator deixou ainda esta mensagem de esperança:

“Espero mesmo que ninguém perca totalmente o que foi ensinado de valioso nestas histórias. Estes livros ensinaram que o amor é a maior força do universo, capaz de superar qualquer coisa  e que esta força é encontrada na diversidade. As ideias dogmáticas de pureza levam à opressão de grupos vulneráveis, por isso se vocês acreditam que uma personagem em particular é trans, não-binário, género fluido, gay ou bissexual, se encontraram qualquer coisa nestas histórias que vos marcou e que vos ajudou em algum momento da vossa vida, então isso é entre vocês e o livro que leram e isso é sagrado.”

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