Arranca hoje a 67ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, um dos mais antigos e relevantes festivais de cinema do mundo, que irá decorrer até 19 de fevereiro em Berlim.
A sessão de abertura acontece com a estreia de “Django”, “um comovente conto sobre sobrevivência”, a primeira longa-metragem realizada por Etienne Comar (produtor de filmes como “Dos Homens e dos Deuses”, “Timbuktu” e “Meu Rei”). Um filme passado em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, sobre Django Reinhardt, que é perseguido pelo regime nazi.
Esta é uma das 18 longas-metragens em competição pelo Urso de Ouro, o prémio máximo do festival, ao lado de filmes como “The Other Side of Hop” de Aki Kaurismäki, “The Dinner” de Oren Moverman, “The Party” de Sally Potter, “Una Mujer Fantástica” de Sebastián Lelio, “Joaquim” de Marcelo Gomes e “Colo” de Teresa Villaverde. O realizador e argumentista holandês Paul Verhoeven é o presidente do júri da competição oficial.
Portugal conta com a participação de oito obras no Berlinale. Na Competição Oficial encontram-se os filmes “Colo” de Teresa Villaverde e “Joaquim” do brasileiro Marcelo Gomes. O primeiro é “uma reflexão muito actual, e quase serena, sobre o nosso caminho comum como sociedades europeias de hoje, sobre o nosso isolamento, a nossa perplexidade perante as dificuldades que nos vão surgindo, sobre a nossa vida nas cidades e dentro das nossas famílias. É um filme em tensão crescente que nunca chega a explodir.”. Conta com João Pedro Vaz, Alice Albergaria Borges, Beatriz Batarda, Clara Jost, Tomás Gomes, Dinis Gomes, Ricardo Aibéo, Simone de Oliveira e Rita Blanco no elenco. A segunda é uma produção luso-brasileira, com produção da Ukbar Filmes, que recria a figura histórica de Joaquim Xavier, o Tiradentes, considerado por muitos um herói nacional, na primeira tentativa de tornar o Brasil independente. Nuno Lopes é protagonista.
Na competição de curtas-metragens, o destaque vai para a presença de quatro filmes portugueses, “Altas Cidades de Ossadas” de João Salaviza, “Cidade Pequena” de Diogo Costa Amarante, “Coup de Grâce” de Salomé Lamas (a primeira ficção da Salomé Lamas) e “Os Humores Artificiais” de Gabriel Abrantes.
O cinema português marcará também presença na Short Films Generation Kplus com “Odd é um ovo” de Kristin Ulseth e na secção Panorama “Vazante” de Daniela Thomas.
Na secção Especial encontra-se a estreia internacional da comédia dramática de Fernando Trueba, “The Queen of Spain”.