A 31.ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela acontece em Seia, de 10 a 18 de outubro. O primeiro dia conta com o mercado de filmes, o concerto multimédia de Victor Gama, seguido da exibição documentário sobre o trabalho e percurso deste músico, intitulado “Linha de Água”, de Rui Simões.
Paralelamente à seleção oficial competitiva – com mais de 80 filmes de 31 países a concurso – o CineEco oferece um vasto programa de atividades e eventos complementares, reforçando o seu compromisso com a cultura, a sensibilização e o diálogo intergeracional sobre a temática ambiental. À diversidade dos filmes em competição o destaque vai para a transversalidade deste festival que se traduz numa série de propostas culturais que arrancam já esta sexta-feira, 10 de outubro.
Na sexta-feira, a partir das 10H00, no auditório Municipal da Cultura de Seia, e à tarde, às 14H30, no Mercado da cidade decorre o Mercado de filmes, espaço networking que promove encontros entre produtores, realizadores e jovens estudantes do Politécnico do Porto – ESMAD, Universidade da Beira Interior e Universidade Lusófona. Um frente a frente entre aspirantes a realizadores com produtoras, realizadores e/ou argumentistas num espaço privilegiado para a troca de ideias e apresentação de obras inéditas. Um verdadeiro acelerador de filmes promovido pelo CineEco.
À noite, às 21H30, o Cineteatro da Casa da Cultura, recebe o espetáculo multimédia tectonic.Tombwa de Victor Gama, um projeto conceptual no âmbito do qual o performer volta a usar a música para contar histórias significativas no contexto contemporâneo da África Austral.
Neste concerto, que já teve apresentações mediáticas no Carnegie Hall, em Nova Iorque, o compositor apresenta uma obra que usa a música como ferramentas de memória histórica. Interpretado nos instrumentos Acrux e Toha, criados por Gama, o concerto funde polirritmia africana, eletrónica e composição contemporânea.
Após o concerto, às 22H30, é exibido o primeiro filme da Seleção Oficial, “Linha de Água” (Competição de Longas-Metragens em Língua Portuguesa), de Rui Simões, que contará com a presença deste cineasta de referência do documentário português. O filme aborda o trabalho e projetos de Victor Gama enquanto artista global.
A sessão da meia noite (24H00) conta com a exibição de “Sirât” de Oliver Laxe, Prémio do Júri no Festival de Cannes 2025 e Candidato aos Óscares 2026 na categoria de Melhor Filme Internacional. De recordar que, em 2020, na 26.ª edição do CineEco, o cineasta franco-espanhol conquistou o Grande Prémio Ambiente (Competição Internacional Longas-Metragens) com o filme, “O que Arde”.
Videoarte é uma mostra que integra a Seleção Oficial do CineEco 2025 com nove filmes apresentados em formato exposição-galeria, permitindo uma fruição mais imersiva e contínua destas obras. Estará patente até ao final do CineEco, 18 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia. Mais informações neste link.
Até 30 de novembro, no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela será possível apreciar 30 anos de história do CineEco através de uma exposição de cartazes que acompanham e firmam o seu legado como um dos festivais de referência na Europa sobre cinema ambiental.
Ao longo do festival haverá ainda o compacto curtinhas para os mais pequenos, apresentação de livros, oficinas de cinema para todas as idades, workshops e sessões de cinema em debate e cinema clássico. O espetáculo de encerramento do CineEco, a 18 de outubro no Cineteatro de Seia, caberá à Quorum Dance Company que irá apresentar Storm, uma criação original do maestro e compositor Armando Mota. Com coreografia de Daniel Cardoso, o bailado alerta para o aquecimento global e a subida do nível do mar, focando-se no que pode ser o futuro das ilhas algarvias da Culatra e Armona. Mais informação neste link.
O programa completo do CineEco 2025 poderá ser consultado neste link.