Cinema de Lucrecia Martel em Lisboa e Porto a partir de 30 de março

Lucrecia Martel Lucrecia Martel

O cinema da fundamental realizadora argentina Lucrecia Martel volta aos cinemas de Lisboa e Porto a partir de 30 de março num ciclo composto de novas cópias digitais das suas três primeiras longas metragens.

“O Pântano” (2001), “A Rapariga Santa” (2004) e “A Mulher Sem Cabeça” (2008), vulgarmente conhecidos por Trilogia de Salta, vão ser exibidos em Lisboa no Cinema Nimas e, no Porto, no Cinema Trindade.

Inevitavelmente, é preciso abrir a mente e os braços à mulher que concedeu ao cinema argentino a sua existência recente e que nestes primeiros filmes apresenta a sua sempiterna linguagem complexa e única sobre sociedade, limitações, sexualidade, política e classes.

São também obras que, como sempre, se focam no indivíduo e na sua crescente alienação do entorno opressivo, criando heróis ícaros que lentamente se destacam do mundo em que vivem para se atirarem para o limbo que bordeja constantemente a loucura.

Sonho e realidade deixam de ter fronteiras definidas e os homens e mulheres de Martel transforma-se na concretização possível no plano real do imaginário mágico e muitas vezes absurdo da América Latina.

Celebrada deste o seu primeiro filme, Lucrecia Martel recebeu reconhecimento internacional logo com “O Pântano”, que lhe valeu Prémio Alfred Bauer para Melhor Primeira Obra, no Festival de Cinema de Berlim.

Em 2017, após um interregno de quase uma década, volta às longas metragens com “Zama”, uma coprodução portuguesa com direção de fotografia de Rui Poças, que lhe valeria 56 nomeações para prémios e os prémios para Melhor Direção de Fotografia nos Fenix Film Awards e nos Platino Awards, que premeiam o cinema ibero-americano.

No entanto, para já, apenas  “O Pântano”, “A Rapariga Santa” e “A Mulher Sem Cabeça” poderão ser vistos em Lisboa e Porto a partir da próxima quinta-feira.

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