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“Igor”, curta portuguesa interativa estreia hoje

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“Igor”, uma produção luso-brasileira feita por alunos do Mestrado de Cinema da Universidade da Beira Interior, e rodada na cidade da Covilhã, estreia este domingo no programa Cinemax Curtas, da RTP2.

O filme segue Igor, um jovem que acorda abruptamente numa sala escura. Perdido e confuso, procura uma saída em todos os cantos da divisão, sem sucesso. A única resposta que poderá encontrar está além das três portas que se deparam à sua frente. A partir daí, a aventura de Igor começa, encontrando mais respostas ou mais dúvidas ao longo da viagem.

“Igor” será apresentado em dois formatos: em curta-metragem interativa, ao estilo de videojogo, onde se pretende descobrir uma abordagem à interatividade na arte do cinema e encontrar um ponto comum entre a singularidade da linguagem dos videojogos e a linguagem do cinema que, na sua essência, são dois espetros da discussão milenar sobre a definição da arte: uma exteriorização da expressividade e criatividade humana.

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Note-se que a primeira curta-metragem portuguesa interativa surgiu em 2005, em Castelo Branco, na Escola Superior de Artes Aplicadas, e intitula-se “Judith”, um filme jogável de Bruno Maioral. Foi produzida em âmbito académico e conta a história de um Jovem que acorda desorientado, sem memória, e foi também filmada maioritariamente na Covilhã.

No entanto, o conceito de “filme interativo” só agora começa a ganhar mais notoriedade, sendo a produção da Netflix, “Bandersnatch”, a continuação da série de ficção científica “Black Mirror”, uma das mais recentes obras a propor a interatividade aos espectadores.

“Igor” pretende ser uma abordagem à interatividade na arte do cinema e encontrar um ponto comum entre a singularidade da linguagem dos videojogos e a linguagem do cinema, que na sua essência, são dois espetros da discussão milenar sobre a definição da arte.

O filme pretende posicionar o videojogo face às restantes artes, nomeadamente o cinema, criando pontos de convergência entre estes dois campos artísticos e explorando os seus pontos de divergência.

É este o grande objetivo de “Igor”: sobreviver, movendo-se entre plataformas que ora divagam pela realidade, ora pela virtualidade.

“Igor” é o primeiro fruto de Igor Montoya, um coletivo de 6 alunos do Mestrado em Cinema da Universidade da Beira Interior que defende que uma peça de cinema nunca deve ser assinada apenas pelo realizador, sendo que o processo criativo é partilhado por todos equitativamente e que todos os departamentos ligados à produção de um filme, desde a direção de arte até à montagem são igualmente importantes.

“Igor” estreia esta noite de domingo, dia 21 de junho, no programa Cinemax Curtas, na RTP2.

Artigo corrigido a 23 de junho, às 16h20.