Locarno 2023: Para que filme irá o Leopardo de Ouro?

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O ator francês o ator francês Lambert Wilson preside o júri responsável pela atribuição do Leopardo de Ouro nesta 76.ª edição do Festival de Cinema de Locarno, no cantão do Ticino, na Suíça, que começou dia 2 e terminará no sábado, 12 de agosto.

O Festival está terminando de exibir 17 filmes, na mostra Competição Internacional, já selecionados entre centenas de novos filmes de todos os países, na competição internacional. Para o ganhador do Leopardo de Ouro, símbolo do Festival, isso corresponde a ser considerado o melhor filme da safra deste ano.

Arriscar a dar sua opinião sobre os prováveis filmes premiados é um tanto temerário. Já houve festivais nos quais a entrega do Leopardo surpreendeu a todos. Mas vou correr esse risco. Este ano, o grupo ou júri liderado pelo ator francês Lambert Wilson tem uma atriz iraniana, uma realizadora e produtora norte-americana, uma realizadora escocesa vivendo nos EUA e um produtor holandês. São eles que dirão quem ganha o troféu de ouro, com forma de leoipardo.

Faltando ainda ver dois filmes, minhas preferências ou previsões de prêmio são para os filmes “Estepe” (Stepne), filme dirigido pela ucraniana Maryna Vroda; “Manga D´Terra”, dirigido pelo suíço-português Basil da Cunha, ou “Doces Sonhos”, dirigido pela holandesa Ena Sendijarevic. Melhores intérpretes (não há mais prémio para ator e atriz) seriam para Andrea Fuorto, no filme italiano “Patagônia”; Dimitra Viagopoulou, no filme grego “Animal”; ou Ilinca Manolache, no filme romeno “Não Espere Muito do fim do Mundo”.

O Ator Lambert Wilson

“Ao longo de sua rica e intensa carreira, Lambert Wilson encarnou personagens memoráveis da tela grande, alternando o cinema autoral com as grandes produções de Hollywood. Uma voz artística extraordinária, sublinha a diretora artística do Festival de Cinema de Locarno, Giona A. Nazzaro, que acrescenta: “Graças à sua carreira excepcional, alimentada por encontros com cineastas do calibre de Chabrol, Demy, Żuławski, Techiné, Resnais e muitos outros, Lambert Wilson teve um impacto profundo no cinema europeu e internacional. Artista camaleão capaz de se colocar na pele de vários personagens, ele se consolidou como um dos performers mais apreciados pelo público, alternando cinema de autor e teatro, enquanto explora produções tão espetaculares quanto Matrix. Ator versátil e avesso ao risco, Lambert Wilson sempre demonstrou uma curiosidade extraordinária sobre as possibilidades oferecidas pelo cinema. Ele, portanto, personifica um presidente ideal do júri para o Concorso internazionale de Locarno.”

Filho do baile – seu pai era o ator Georges Wilson – estreou no cinema com apenas vinte anos, quando Fred Zinnemann lhe confiou um pequeno papel em “Julia” (1977). Na década seguinte, seu rosto tornou-se conhecido do grande público graças às aparições no cinema e a sucessos populares como “La Boum 2” (1982). É ainda Fred Zinnemann quem lhe oferece um dos papéis mais bonitos da sua carreira cinematográfica com “Five Days One Summer” (Cinco dias, naquela primavera de 1982), onde partilha o cartaz com o casal formado por Sean Connery e Betsy Brantley.

Dirigido por cineastas como Claude Chabrol, Andrzej Żuławski, André Téchiné, James Ivory, Andrzej Wajda, Luigi Comencini e Alain Resnais – na comédia sentimental “Conhecemos a canção”, que ganhou o Urso de Prata em Berlim em 1998, ele se consolidou como um dos intérpretes preferidos dos grandes realizadores franceses e internacionais.

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