“Mal Viver” e “Viver Mal”, de João Canijo, estão a ser um sucesso nas salas de cinema portuguesas, somando mais de 13 mil espectadores em pouco mais de uma semana da estreia.
O díptico de João Canijo estreou no passado 11 de maio e, segundo dados oficiais do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), até ao dia 21 de maio, os dois filmes foram vistos por 13804 espectadores e acumularam uma receita bruta de mais de 60 mil euros. O que significa, se juntarmos os dois filmes, que ocupam o primeiro lugar no ranking dos filmes nacionais mais vistos de 2023.
Individualmente, “Mal Viver” ocupar o terceiro lugar do ranking, com 8610 espectadores, e “Viver Mal” ocupa o quinto lugar, com 5194 espectadores. Já o primeiro lugar do ranking continua a ser ocupado por “Amadeo”, de Vicente Alves do Ó, com cerca de 12 mil espectadores. No entanto, os números totais de espectadores podem ser ainda mais altos, “se a estes números somarmos a sessão de antestreia no Indielisboa, com a sala grande do cinema S. Jorge esgotada, mais as duas sessões de antestreia no Batalha do Porto e as várias sessões de cineclubes”, conforme informou a produtora Midas Filmes na sua conta de Facebook.
O seu anterior badalado filme, “Fátima” (2017), foi visto por mais de 24 mil espectadores nas salas de cinema. O que significa que o díptico de Canijo pode muito bem vir a ultrapassar esse valor.
Com um elenco de luxo, os dois filmes contam com Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Vera Barreto, Madalena Almeida, Nuno Lopes, Beatriz Batarda, Leonor Silveira, Rafael Morais, Lia Carvalho, Filipa Areosa, Carolina Amaral e Leonor Vasconcelos.
“Mal Viver” conta a história de uma família de cinco mulheres que herdaram um hotel e que o tentam salvar da ruína, vivendo nele um conflito antigo e irresolúvel durante um fim de semana, enquanto os clientes vão e vêm.
Se em “Mal Viver” o foco é a família dona do hotel e as suas relações frágeis, à beira do colapso, “Viver Mal” é um espelho desse filme, invertendo-se a perspetiva para os clientes do hotel, que no primeiro eram quase fantasmas, figurantes, passando a ter agora o papel de protagonistas neste segundo filme.
João Canijo recebeu o Urso de Prata – Prémio do Júri no Festival de Berlim 2023, pelas duas obras.