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“Memórias de um Caracol”, a nova animação de Adam Elliot, estreia nos cinemas no final de fevereiro

Filmada em stop motion a nova animação de argila de Adam Elliot está nomeada para o Óscar de Melhor Filme de Animação.  
"Memórias de um Caracol" (2024), de Adam Elliot "Memórias de um Caracol" (2024), de Adam Elliot
"Memórias de um Caracol" (2024), de Adam Elliot

Quinze anos depois da emblemática obra de animação “Mary e Max – Uma Amizade Diferente” (2009), o cineasta australiano Adam Elliot regressa com a sua segunda longa-metragem, novamente filmada em stop motion, “Memórias de um Caracol”. Com distribuição da Alambique Filmes, o filme estreia nas salas de cinema portuguesas a 27 de fevereiro.

Vencedor do Prémio de Melhor Filme no Festival de Animação de Annecy e do Grande Prémio do Cinanima 2024, o filme é a recordação terna e agridoce de uma mulher solitária chamada Grace Pudel, que conta a história da sua vida a um humilde caracol de jardim chamado Sylvia.

“A vida de Grace é pautada por adversidades e perdas. Quando a sua família é destruída e a separam do seu irmão gémeo, cria o vício de coleccionar decorações de caracóis para acalmar a sua solidão e depressão. Grace ganha uma nova esperança quando inicia uma amizade com uma  excêntrica Mindinho, que a inspira a sair da sua jaula e a livrar-se das coisas que atafulham a sua casa e a sua mente.”

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Com vozes de Sarah Snook, Kodi Smith-McPhee e Eric Bana, “Memórias de um Caracol” é filmado na arte tradicional e demorada da animação em stop motion, foram necessários sete mil objetos, centenas de braços, olhos e bocas, 200 cenários e cento e 135 mil fotografias feitos à mão para contar a vida de Grace.

Elliot levou oito anos a realizar este filme, um processo que o australiano reconhece ser demorado, mas sobretudo devido à dificuldade em encontrar apoios financeiros para a produção. “Pensei que seriam mais rápidos! E parecem estar a ficar cada vez mais lentos de serem produzidos, embora a tecnologia esteja cada vez melhor. O que nos está a atrasar não é, na verdade, a produção, mas o financiamento.”, declarou Elliot em entrevista ao Screen Daily.

Os protagonistas de todos os meus filmes são forasteiros, e os meus temas e narrativas exploram a diferença. Adoro contar histórias repletas de humor e compaixão, reflexões das nossas vidas quotidianas que celebram os momentos de alegria com a escuridão que advém dos desafios da vida. Há mais de 30 anos que tenho um objectivo simples: fazer o meu público rir… e também chorar.” conta Adam Elliot, a propósito do seu mais filme.

Apesar de ter apenas cinco curtas e duas longas-metragens realizadas, Adam Elliot é já uma referência no cinema de animação, com múltiplas premiações, entre as quais o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação pelo filme “Harvie Krumpet”, que se tornou no primeiro filme LGBTQIA+ a vencer esta categoria.

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