Em janeiro de 2025, e face ao período homólogo do ano anterior, as salas de cinema em Portugal contaram com 1.072.436 de espectadores, o que corresponde a um crescimento de 21,9%, segundo revelou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) na sua newsletter mensal. Também a receita bruta cresceu (29,8%) no primeiro mês do ano, tendo gerado 6,8 milhões de euros.
Segundo dados do ICA, este é o melhor mês de janeiro dos últimos cinco anos. É preciso recuar até janeiro de 2020, antes do confinamento obrigatório da pandemia, para encontrar mais de um milhão de espectadores durante o mês de janeiro (1,1 milhões de espectadores). Em 2024 venderam-se cerca de 879 mil bilhetes, em 2023 foram 912 mil, em 2022 369 mil e em 2021 foram zero (devido ao confinamento obrigatório).
O blockbuster “Mufasa: O Rei Leão” foi o filme mais visto até dia 31 de janeiro, com 226.410 espectadores, seguido pelo filme do realizador brasileiro Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, com 137.874 espectadores.
No entanto, segundo os dados do ICA até 9 de fevereiro, o filme protagonizado por Fernanda Torres regista já 214.747 espectadores, assumindo-se como o filme mais visto nas salas de cinema nacionais, há quatro fins-de-semana consecutivos. Baseado no livro homónimo, de memórias, do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado Rubens Paiva e da ativista Eunice Paiva, durante a ditadura militar do Brasil, “Ainda Estou Aqui” tem sido um verdadeiro fenómeno nas salas de cinema em Portugal e é visto como um dos favoritos na corrida aos Óscares.
Quanto ao cinema português, estrearam apenas três filmes em janeiro: “Banzo” de Margarida Cardoso, “Noites Claras” de Paulo Filipe Monteiro e “Lulu” de Ana Campina. “Banzo” ocupa para já o primeiro lugar do ranking nacional de 2025 com apenas 1779 espectadores (até 5 de fevereiro).
Segundo o ICA, em janeiro de 2025 estrearam em Portugal 32 filmes de longa-metragem com as obras provenientes dos EUA a representarem 40,6% e as de origem europeia 37,5%. No que diz respeito ao número de espectadores no mesmo período, podemos observar que os filmes europeus representam 15,3% e os de origem norte-americana 65,2%.