A Quarentena Cinéfila regressa com 5 raridades

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Quarentena Cinéfila da Medeia Filmes está de regresso, tal como aconteceu no primeiro confinamento, de março a maio de 2020, a Medeia Filmes, em colaboração com a Leopardo Filmes, volta a disponibilizar gratuitamente filmes on-line.

“Foram muitos e largos os elogios, e carinhosa a recepção dos nossos espectadores a esta iniciativa, um serviço público e solidário, que nos manteve em contacto com o nosso público, que via os filmes, lia as folhas de sala, e conversava sobre as obras nas nossas redes sociais.”

O programa para as próximas três semanas é composto por 5 filmes raros, de cinematografias distintas, e com eles viajamos pelo mundo e pelo tempo. A Quarentena Cinéfila, do novo confinamento, tem início no dia 25 de janeiro com o filme português “Posto Avançado do Progresso”, de Hugo Vieira da Silva.

Todas as segundas e quintas-feiras, no website oficial da Medeia Filmes, a partir das 12h. O link será partilhado nas redes sociais.

25 de janeiro – Posto Avançado do Progresso, de Hugo Vieira da Silva, produzido pela Leopardo Filmes (selecção oficial do Festival de Berlim em 2016), que adapta livremente o conto homónimo de Joseph Conrad, transferindo a história inquieta de Conrad para a presença colonial portuguesa em África no séc. XIX (dois colonizadores vão gerir um dos postos comerciais que Portugal tinha no interior do território africano);

28 de janeiro – O Mundo no Arame, do alemão Rainer Werner Fassbinder, mini-série em duas partes, a fazer quase 50 anos, e tão, tão actual. Fassbinder aventura-se no domínio da ficção científica, encenando as sombras brumosas do futuro, colocando “em cena, não apenas o poder crescente das máquinas, mas sobretudo o apagamento das fronteiras tradicionais entre ‘realidade’ e ‘simulação’ ” (João Lopes, Cinemax). Vamos vê-la numa cópia exemplarmente restaurada;

1 de fevereiro – Chantrapas, do georgiano Otar Iosseliani, cineasta de culto e um dos mais “secretos” da “geração de 60” da URSS, próximo dos universos de Tati ou Pierre Étaix – que, aliás, surge no filme –, e que faz uma espécie de “balanço” ou “resumo” ficcional da sua autobiografia;

4 de fevereiro – O Pequeno Quinquin, uma pérola de Bruno Dumont, estreada na Quinzena dos Realizadores em Cannes. Originalmente uma mini-série de quatro episódios que Dumont fez para a Arte, foi considerado o melhor filme de 2014 pelos Cahiers du Cinéma. Vasco Câmara, que o entrevistou, escreveu no Público que P’tit Quinquin é “um divertimento viciante, obsessivo”;

8 de fevereiro – Alguns Dias em Setembro, o primeiro filme de Santiago Amigorena, produzido por Paulo Branco, com Juliette Binoche, Nick Nolte e John Turturro, entre Paris e Veneza, com a inquietante sombra do 11 de Setembro a pairar por ali.

 

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