Annecy 2024: “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, vence Prémio de Melhor Curta-Metragem

É a segunda vez que Portugal vence o Prémio Cristal de Melhor Curta-Metragem em Annecy, depois de “História Trágica com Final Feliz” (2006), de Regina Pessoa.
"Percebes", de Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves "Percebes", de Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves
"Percebes", de Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves

O cinema português de animação, que este ano foi homenageado e que contou com uma forte presença no Festival de Cinema de Annecy 2024, foi premiado com um dos principais prémios do festival francês. “Percebes“, de Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves, venceu o Prémio Cristal de Melhor Curta-Metragem.

Produzido pela BAP – Animation Studios (David Doutel e Vasco Sá) e Ikki Films, um documentário, animado em aguarela e digital, que tem “o mar e o Algarve urbano como pano de fundo”, acompanhando “um ciclo completo da vida de um molusco especial, chamado “PERCEBES“. No percurso da sua formação até ao prato, cruzam-se diferentes contextos que nos permitem compreender melhor esta região e aqueles que nela habitam.”

“O filme anterior de Gonçalves, O Homem do Lixo, no qual Ramires trabalhou enquanto animadora, competiu em Annecy, tendo ainda recebido o prémio a melhor curta-metragem em Zagreb em 2022. A curta-metragem de 2020 de Ramires, Elo, na qual Gonçalves trabalhou como animadora, foi exibida em competição em Zagreb e Toronto. Animado em 2D e produzido pelo BAP – Animation Studios e pela Ikki Films, Percebes exemplifica o maior sucesso da animação em Portugal até à data: curtas e longas-metragens ocasionais de grande ambição artística e interesse social.” escreveu Jamie Lang na revista Variety.

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A cineasta Regina Pessoa foi também convidada a criar a imagem do Festival pela segunda vez, tendo sido homenageada este ano com uma placa de bronze com as suas mãos para o futuro Passeio da Fama nas novas instalações que estão a ser construídas pelo Festival.

Esta edição contou ainda com a estreia mundial de “Amanhã não dá Chuva”, de Maria Trigo Teixeira.

Quanto às longas-metragens, o grande vencedor foi “Memoir of a Snail”, do australiano Adam Elliot (realizador do clássico “Mary and Max.”), um filme em stop-motion que conta a comovente história de Grace Pudel, uma desajustada solitária que adora colecionar caracóis. Ainda nas longas-metragens, “Flow”, de Gints Zilbalodis, conquistou três prémios, incluindo o Prémio do Júri e o Prémio do Público.

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