Depois de dez dias de cinema, o Doclisboa terminou ontem com a celebração dos vencedores da sua 23.ª Edição

Uma edição que não teve medo de perguntar e oferecer pensamento em torno daquilo que habita a contemporaneidade, desde o genocídio à guerra, à moralidade da evolução tecnológica e um olhar sobre a crise ambiental, o Doclisboa 2025 não ficou indiferente à capacidade política de um cinema como ferramenta da crítica e mudança, e os premiados desta edição são a sua materialização
DocLisboa 2025 Equipa do filme vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa da Competição Internacional, The Night Is Fading Away ©Eduardo Martins DocLisboa 2025 Equipa do filme vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa da Competição Internacional, The Night Is Fading Away ©Eduardo Martins
Equipa do filme vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa da Competição Internacional, "The Night Is Fading Away" ©Eduardo Martins

Desde o passado dia 16 de outubro que Lisboa abre as suas portas à 23.ª Edição do Festival Internacional de Lisboa, Doclisboa, numa recepção necessária ao cinema actual, introspectivo e resistente.

Uma edição que não teve medo de perguntar e oferecer pensamento em torno daquilo que habita a contemporaneidade, desde o genocídio à guerra, à moralidade da evolução tecnológica e um olhar sobre a crise ambiental, o Doclisboa 2025 não ficou indiferente à capacidade política de um cinema como ferramenta da crítica e mudança, e os premiados desta edição são a sua materialização.

Na Competição Internacional, o Grande Prémio Cidade de Lisboa foi atribuído ao filme argentino de Ezequiel Salinas e Ramiro Sonzini, “The Night Is Fading Away”ou “La noche está marchándose ya”  – Uma ode agridoce à sétima arte, que não é um gesto de fuga, mas antes um lembrete da inspiração que vem da união e da necessidade indispensável de espaços comunitários, especialmente em tempos como estes, sob a presidência de Milei. (Fonte: Doclisboa)

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Na mesma categoria, o filme turco “Tell Me a Fairy Tale” ou “Ji Min Re Çîro Kek Beje” do realizador Ebrû Avci foi premiado com o Prémio Doclisboa do Júri da Competição Internacional e, o Prémio Médicos Sem Fronteiras – Portugal para Melhor Realização da Competição Internacional foi concedido a Isabel Pagliai (França) pelo filme “Fantasy” ou “Fantaisie” que, segundo o júri, explora um retrato íntimo, ternurento e visceral do luto, do amor e da saudade, uma poesia em bruto que permanece viva na sua fragilidade.

Entre os 12 filmes indicados na Competição Portuguesa, o Prémio Doclisboa para Melhor Filme foi entregue à equipa de “Água Mãe”, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres, uma obra elegante e corajosa” que, segundo o júri, “eleva o quotidiano ao sublime, convidando-nos a experienciar um mundo para lá do cinema.(Fonte: Doclisboa). O Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri da Competição Portuguesa foi para  “As Estações” ou “The Seasons”, de Maureen Fazendeiro.

O filme paraguaio, “Under the Flags, the Sun” ou “Bajo las Banderas, el Sol”, de Juanjo Pereira foi distinguido com o Prémio Revelação – Doclisboa para a Melhor Primeira Longa-Metragem e “Do You Love Me”  (França,Catar, Líbano, Alemanha), de Lana Daher recebeu menção honrosa.

O Prémio para Melhor Curta-Metragem foi para o filme francês “Baumettes Studio” ou “Studio Baumettes”, de Hassen Ferhani.