Fruto do projeto de investigação FEMglocal – Movimentos Feministas Glocais: Interações e Contradições, “Feminismos: A Liberdade de Ser” é um filme escrito e realizado por Ana Sofia Pereira e Vanessa Ribeiro Rodrigues que pretende dar “visibilidade às múltiplas formas de ser, resistir e transformar, através dos feminismos em Portugal.”
Construído a partir dos bastidores da organização e da própria manifestação anual do 8M (8 de março), Dia Internacional das Mulheres, o filme é um retrato interseccional sobre os movimentos feministas em Portugal, reunindo 28 vozes de diferentes gerações, origens e percursos. “O filme coloca em diálogo testemunhos pessoais, imagens da Greve Feminista em várias cidades, arquivos audiovisuais, fotografias e materiais ativistas. Pessoas com trajetos diversos – da investigação à militância, de coletivos informais a associações organizadas, pessoas anónimas e figuras públicas – que reivindicam os feminismos a partir de múltiplas identidades de género, partilham vivências de lutas, discriminações e estórias de resistência feminista que ajudam a desenhar uma narrativa plural e interseccional dos feminismos portugueses.”
Com testemunhos de ativistas, investigadoras e de figuras públicas, o filme convida-nos “também a entrar nos bastidores do 8 de Março: desde a preparação de cartazes pintados à mão, onde se testemunha o entusiasmo coletivo que antecede a ocupação do espaço público, até à marcha pelas ruas, onde ecoam palavras de ordem e cânticos de reivindicação. Acompanhamos e deixamo-nos acompanhar por uma paisagem humana que caminha de forma simbólica e coletiva, visibilizando múltiplas lutas e direitos ainda por cumprir.”
“Mais do que construir uma narrativa única sobre os feminismos, este documentário – resultado do trabalho empírico e reflexivo desenvolvido no âmbito do projeto de investigação FEMglocal – Movimentos Feministas Glocais: Interações e Contradições – abre espaço de fala para uma multiplicidade de vozes e experiências, promovendo a construção de narrativas mais plurais que recuperam estórias esquecidas, silenciadas ou quase perdidas. Ao dar corpo a uma memória coletiva que atravessa o presente e continua a abrir possibilidades de futuro, Feminismos: A Liberdade de Ser afirma-se como um ato de escuta, arquivo e ação.”
O documentário estreia dia 26 de abril em Lisboa, com entrada livre.

