Lisboa vai receber, de 11 a 15 de outubro, a 8.ª edição do Festival Punto y Raya, o principal festival dedicado à imagem em movimento abstrata, onde serão apresentados mais de 100 filmes “que obedecem a uma única regra: é proibido representar.”
Com direção artística de Nöel Palazzo e Ana Santos, o itinerante e bienal Festival Punto y Raya nasceu em 2007 e já passou por Espanha, Islândia, Alemanha, Áustria e Polónia. Pela primeira vez chega a Portugal, transformando Lisboa no ponto de encontro para a arte audiovisual abstrata na Europa e no mundo.
A oitava edição apresenta 104 filmes, oriundos de 33 países, em competição e retrospectivas, “uma mão cheia de masterclasses e oficinas para famílias, para além de instalações e performances ao vivo com grandes figuras do género.”, segundo o comunicado do festival.
“Com uma programação rica e heterogênea, da qual participam os veteranos Larry Cuba (um dos pioneiros da animação digital na arte, conhecido por ter animado uma das sequências do primeiro episódio da “Guerra das Estrelas” de George Lucas) e José Xavier (figura histórica da animação portuguesa), serão cinco dias para celebrar o cinema no seu estado mais puro – forma, cor, movimento, som – e experimental, quando começa a confundir-se com as artes visuais ou os estudos multimédia e de tecnologia. Todas as regras podem – e devem – ser quebradas, exceto uma: é proibido representar.”
Com filmes para todas as idades, a competição está “estruturada em seis programas, cada um com duração aproximada de 75 minutos, às 18h e 21h dos dias 12 e 13 de outubro, e às 17h e 19h do dia 14, sempre no Cinema Fernando Lopes. Um júri de renome irá distinguir três curtas-metragens com prémios monetários, no valor total de 3 mil euros.”
O programa foca-se também na educação com várias formações. O festival “traz a Lisboa uma série de artistas para discutir os seus processos criativos e corpos de trabalho. Os convidados de honra são o português José-Manuel Xavier (animador, ilustrador, pintor e artista conceitual), Tina Frank (nome proeminente da animação experimental, cujas colaborações transdisciplinares já passaram por espaços como Ars Electronica, Centre Pompidou, ICC Tóquio, entre outros), Zeno van den Broek (artista sonoro e compositor multi-sensorial), Bret Battey (artista multimédia e compositor musical), Julius Horsthuis (designer e artista de efeitos visuais, conhecido pelos seus trabalhos imersivos e criativos com Avicii, Lady Gaga ou Guillermo del Toro) e, é claro, Larry Cuba. Duas oficinas para famílias complementam este conjunto de formações com atividades lúdicas para os mais pequenos.”
O “Festival Mais Abstrato do Mundo” vai decorrer durante cinco dias na Cinemateca Portuguesa, Cinema Fernando Lopes, Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, Universidade Lusófona, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) e na Escola Superior de Música de Lisboa.