James Earl Jones, a icónica e inesquecível voz de Darth Vader em “A Guerra das Estrelas”, abdicou dos seus direitos sobre o personagem a que dá voz há 45 anos.

James Earl Jones fê-lo em favor da Lucasfilm e da Respeecher, esta segunda uma empresa ucraniana que usa sons de arquivo e um sistema de inteligência artificial para criar novos diálogos com as vozes de actores que envelheceram ou morreram.
Este método foi recentemente usado para recriar a voz do jovem Luke Skywalker (Mark Hamil) para a série “O Livro de Boba Fett” e recriar a voz de Jones para as cenas em “Obi-Wan Kenobi”.
James Earl Jones, agora com 91 anos, foi contratado pela primeira vez por George Lucas para fazer as dobragens da voz de David Prowse, o actor que interpretava Darth Vader no filme, durante a pós-produção de “A Guerra das Estrelas”, em 1977.
Desde então, o actor tornou-se regular neste papel, tendo interpretado a voz do icónico vilão em dezenas de projectos relacionados com o universo de “A Guerra das Estrelas”.
Em anos recentes, a utilização de efeitos especiais e outras técnicas digitais para rejuvenescer ou ressuscitar actores tem gerado polémica e não é considerada consensual.
A técnica foi utilizada para recriar Grand Moff Tarkin e a jovem Princesa Leia em “Rogue One: Uma História de Star Wars“, gerando polémica quanto ao consentimento dos actores, já desaparecidos, para que fossem recriados – neste caso, o actor Peter Cushing.

James Earl Jones garante pois, com a sua acção, uma passagem de testemunho relativamente consentida para futura utilização da sua inimitável voz de barítono.
Jones tem uma carreira de mais de 60 anos e é um dos poucos actores a ter recebido um Emmy, Grammy, Óscar e Tony (EGOT). A juntar a Darth Vader, retomou recentemente o seu papel enquanto Mufasa, no remake de Jon Favreau de “O Rei Leão” e como Rei Jaffe Joffer em “O Príncipe volta a Nova Iorque”.