“Jeanne Du Barry”, o drama histórico realizado por Maiwenn que marca o regresso de Johnny Depp ao cinema, vai ser o título de abertura do Festival Internacional de Cinema de Cannes em 2023, presidido por Ruben Östlund.
Esta será ainda a sua estreia mundial, a 16 de maio, na 76.ª edição do festival, ao mesmo tempo que terá estreia nas salas de cinema francesas pela mão da distribuidora Le Pacte. Prevê-se também que venha a estar em competição, mas tal se saberá quando for divulgado o cartaz do festival, a 13 de abril.
“Jeanne Du Barry” gira em torno da vida, ascensão e queda de Jeanne Vaubernier, a favorita do rei francês Luís XV. No elenco, a própria realizadora é também atriz e estrela, ao lado de Depp, Benjamin Lavernhe, Melvil Poupaud, Pierre Richard, Pascal Greggory e India Hair. 
Jeanne Vaubernier é descrita como uma jovem rapariga da classe trabalhadora que vai usar a sua inteligência e astúcia para subir na escala social e tornar-se, eventualmente, amante de Luís XV, mudando-se para Versalhes e escandalizando a corte.
Johnny Depp interpreta o papel de Luís XV e falará em francês, o que será a primeira vez que o fará em cinema, apesar de ter uma antiga ligação a França através do seu relacionamento de longa data com Vanessa Paradis.
A produção está a cargo da Why Not, com a Goodfellas a tratar da distribuição, a par da produtora de Depp, IN.2, La Petite Reine e a France Télévision. Na França, os direitos foram assegurados pela Netflix, mas o filme só lá poderá ser mostrado 15 meses depois.
Este é o primeiro papel de Johnny Depp em três anos e as filmagens decorreram no final do seu turbulento processo de difamação contra a sua ex-mulher Amber Heard nos Estados Unidos.
No seguimento destes julgamentos, ambos centrados em acusações de violência doméstica, Depp viu a sua reputação em Hollywood diminuir e o seu personagem em “Monstros Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” acabaria mesmo por ser interpretado por outro ator, entre outros papéis que lhe fugiriam.
“Jeanne Du Barry” é o sexto filme de Maïwenn, que para além de realizar, é ainda autora do argumento em conjunto com Teddy Lussi-Modeste. É ainda o terceiro filme da realizadora a estar presente em Cannes, tendo “Polissia” levado para casa, em 2011, o Grande Prémio do Júri.
