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MDOC 2024: 10.ª edição arranca com 22 estreias nacionais e 31 filmes na seleção oficial 

A 10.ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço regressa com filmes de várias nacionalidades, candidatos aos Prémios Jean-Loup Passek e D. Quixote.
“Un Long Chemin Vers la Paix”, de Tal Barda. “Un Long Chemin Vers la Paix”, de Tal Barda.
“Un Long Chemin Vers la Paix”, de Tal Barda. "é uma carta de tolerância de um homem profundamente inspirador com uma mensagem tão urgente."

Arranca esta segunda-feira (29 de julho) a 10.ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, que regressa à vila raiana de Melgaço para pensar temas centrais como a questão palestiniana, os direitos humanos, as migrações, o colonialismo, o ambiente ou as questões de género.

Até 4 de agosto, o programa, que comemora 10 anos de festival a olhar o mundo através do cinema documental, apresenta 22 estreias nacionais, das quais três são estreias nacionais: “A Savana e a Montanha”, a terceira longa metragem de Paulo Carneiro, “Um Mergulho em Água Fria” de Raquel Loureiro Marques e “Couto Mixto” de João Gomes. Há ainda 31 documentários de expressão cinematográfica que integram a seleção oficial, nove são portugueses e 22 são internacionais, de países como a Indonésia, França, Rússia, Alemanha, Áustria, EUA, Itália, Canadá e Países Baixos.

Entre os filmes candidatos aos prémios Jean-Loup Passek destacam-se obras como: “Un Long Chemin Vers la Paix”, de Tal Barda, um manifesto de tolerância de um médico palestiniano que viu as suas três filhas mortas por um tanque israelita; “Fogo no lodo”, de Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca, sobre as memórias da guerra colonial; “Of Caravan and the dogs” no qual Askold Kurov aborda a asfixia do discurso e do pensamento independentes na Rússia de Putin; “My Stolen Planet”, da realizadora iraniana Farahnaz Sharif, forçada a imigrar; “Les Chenilles”, de Michelle Keserwany e Noel Keserwany, que mostram através da história de duas jovens imigrantes em França (provenientes da Síria e do Líbano), os efeitos dos acontecimentos históricos nas suas vidas: a mudança que a deslocação impõe, as condições de trabalho, as diferenças culturais; ou “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro, que esteve na quinzena dos cineastas em Cannes e estreia em solo português no MDOC. Este filme de resistência do género western retrata a luta do povo de Covas do Barroso contra a empresa britânica Savannah Resources, que planeia construir a maior mina de lítio a céu aberto da Europa a poucos metros das suas casas.

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A 10.ª edição arranca com a inauguração da exposição “Cinema entre Fronteiras – O Olhar de Jean-Loup Passek” e ainda a exposição resultante do projeto fotográfico – Plano Frontal – desenvolvido na Residência de Fotografia de 2023. À noite, a partir das 22h00, começam a ser exibidos os quatro documentários realizados no âmbito da Residência Cinematográfica de 2023: “A Mestra” de Silvana Torricella, Norberto Valente e Diogo Silvestre; “Aires” de Lara Mather, Mafalda Vaz e Afonso “Sekkas” Nunes; “Mundano” de Narcisa Blejeru, Filipa Duarte e Ariana Vieira; “Ribeiro de Baixo Cabo do Mundo” de Nuno Mendonça, Rodrigo Queirós e Vitor Covelo.

À seleção de filmes a concurso, junta-se um vasto programa paralelo: oficina de documentário,  residências de cinema e fotografia, masterclass, análise de um filme documentário de referência, estreia de seis exposições, curso de verão, conversas com realizadores e ainda o habitual CINEférias e o Salto a Melgaço (que inclui, nos dias 3 e 4 de agosto, a projeção de filmes, visita a exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek, ao Espaço Memória e Fronteira e às Termas de Melgaço).