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Morreu a atriz italiana Lucía Bosè

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A atriz italiana Lucia Bosè, conhecida pelos seus papéis em filmes de Antonioni, Buñuel e Fellini, morreu esta segunda-feira, em Espanha, aos 89 anos de idade, morte anunciada pelo seu filho, Miguel Bosè.

“Queridos amigos, comunico que a minha mãe, Lucia Bosè, acaba de falecer. Ela já está no melhor dos lugares”, escreveu o cantor na sua conta oficial no Twitter.

Segundo a imprensa espanhola, a atriz faleceu de pneumonia após passar três dias internada num hospital de Segóvia, a cerca de 100 km ao norte de Madrid. Vários meios apontam que a antiga Miss Itália e atriz teria falecido por conta do novo coronavírus (Covid-19).

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Nascida em Milão em 1931, Bosé deu nas vistas aos 14 anos ao conquistar o prémio de Miss Itália, saltando para o cinema na década de 1950 em “Não Há Paz Entre as Oliveiras” (1950), de Giuseppe De Santis.

Com menos de 20 anos, entrou em “Escândalo de Amor”, de Michelangelo Antonioni, um dos grandes mestres do neorrealismo italiano, com quem voltou a trabalhar em “A dama sem Camélias” (1953).

 O ano de 1955 foi um marco na sua carreia, com papéis em “Morte de um Ciclista”, dirigido por Juan Antonio Bardem, e em “Cela S’Appelle L’Aurore”, de Luis Buñuel.

Já na década de 60, começa por trabalhar com Jean Cocteau em “O Testamento de Orfeu” (1960), mas faz uma pausa no cinema até 1967, ano em que se divorciou do toureiro Luis Miguel Dominguín, com quem teve três filhos: Miguel, Paola e Lucía.

Regressada ao cinema, surge em “Nocturno 29” (1968), de Pere Portabella; “Fellini-Satyricon” (1969), de Federico Fellini; “Sotto il Segno dello Scorpione” (1969), dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani e “L’ospite” (1971), de Liliana Cavani. A sua carreira não regressa ao brilho dos anos 50 e 60, mas dá ainda nas vistas em “Nathalie Granger” (1972), de Marguerite Duras, ou “Vertigens” (1975), de Mauro Bolognini.

Em 2013 entrou em “One More Time”, de Pablo Benedetti e David Sordella. Bosé fez ainda carreira na televisão e foi vista em filmes como a adaptação ao cinema da obra de Gabriel García Márquez, “Crónica de Uma Morte Anunciada” (1987), de Francesco Rosi, e em “Violanta” (1977), de Daniel Schmid.