Jon Whiteley, um dos atores a receber o “Óscar Juvenil” da Academia, morreu aos 75 anos de idade. A notícia foi confirmada ao The Hollywood Reporter pelo Museu Ashmolean, em Oxford, Inglaterra, onde trabalhou como professor e historiador de arte por 38 anos antes de se aposentar. A causa da morte ainda é desconhecida.
Nascido em Aberdeenshire em 1945, Whiteley chegou ao estrelato quando tinha seis anos de idade, após uma aparição na rádio BBC. A sua leitura da peça “The Owl and the Pussycat” chamou a atenção de um produtor de cinema de Londres, que lhe estendeu a mão na esperança de que os seus talentos fossem adequados para o grande ecrã.
Whiteley tinha oito anos quando filmou “Raptores” (1953), em que interpretava um menino que, com o seu irmão, passa a morar com os seus avós, após a morte dos pais. Quando eles encontram um bebé abandonado, decidem criá-lo como parte da sua família. Jon Whiteley tinha apenas oito anos quando, juntamente com o seu colega Vincent Winter, recebeu o Óscar pela interpretação no filme de Philip Leacock.
O prémio era uma versão em miniatura da estátua geralmente dada aos vencedores adultos do Óscar e foi dada a 12 atores infantis durante a sua existência, entre 1935 e 1961. A lista de honrados inclui nomes conhecidos, como Judy Garland e Shirley Temple. Os pais do ator não o deixaram viajar a Los Angeles para a cerimónia, tendo o seu Óscar chegado via correio semanas depois. “Eu lembro-me de ter ficado um pouco desapontado. Achei a estatueta feia”, brincou Whiteley numa entrevista em 2014.
Whiteley integrou o elenco de outros filmes, como em “O Tesouro do Barba Ruiva”, de Fritz Lang (1955), “O Revólver”, de Val Guest e Hal E. Chester (1956) ou “O Jardineiro Espanhol” (1956), de Philip Leacock.
Na TV, atuou ainda em episódios das séries “As Aventuras de Robin dos Bosques” (1957) e “Jericho“ (1966). Na vida adulta, tornou-se professor, historiador e curador de arte. Trabalhou primeiro como curador na Galeria Christ Church Picture, para depois passar mais de 30 anos num papel semelhante no Museu Ashmolean, em Oxford.
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