As negociações entre o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) e a Aliança dos Estúdios e dos Produtores (AMPTP) foram retomadas a 2 de outubro e terminaram ontem, não tendo sido possível chegar a acordo devido a diferenças demasiado grandes entre as partes.
Na quarta feira à noite, a AMPTP, representada por Carol Lombardini, e o SAG-AFTRA, na pessoa da sua recém reeleita presidente Fran Drescher, divulgaram detalhadas declarações sobre o estado atual das negociações, que agora terminam, com os membros do sindicado a regressar à greve durante esta quinta feira.
Após o acordo firmado recentemente com o Sindicado dos Argumentistas, a esperança era a de que o mesmo aconteceria no caso dos atores. A Carol Lombardini juntaram-se o CEO da Warner Bros Discovery, David Zaslav, Ted Sarandos da Netflix, Donna Langley da NBCUniversal e Bob Iger da Disney.
As conversações foram retomadas pela primeira vez desde julho, agora que estão decorridos cerca de três meses de greve. Contudo, um dos grandes pontos de desacordo para a AMPTP é o facto de os atores reivindicarem uma taxa fixa de 2% proveniente das receitas do streaming ou, em alternativa, um valor por cada subscritor.
A este tema principal de desacordo, que os estúdios estimam lhes custaria em torno de 800 milhões de dólares por ano, mas que o Sindicato alega ser um valor inflacionado propositadamente para a imprensa, juntam-se os moldes no uso da Inteligência Artificial e aumentos salariais suficientemente substanciais para fazer face ao aumento da inflação.
À reivindicação de um aumento de 11% por parte dos atores, os estúdios respondem com os mesmos valores que estabeleceram com o Sindicado dos Argumentistas e o dos Realizadores: 5% seguido de aumentos de 4% e 3.5% por cada ano do correspondente acordo trianual.