“O Agente Secreto” estreia nos cinemas portugueses a 6 de novembro

"O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte

É no dia 6 de novembro que “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Wagner Moura, chega aos cinemas portugueses. A estreia é simultânea com o Brasil, numa iniciativa inédita, fruto do reconhecimento internacional do filme. Relembre-se que Kleber Mendonça Filho esteve em Portugal, em julho, para um conjunto de sessões de antecipação — todas esgotadas.

“O Agente Secreto” foi escolhido como candidato oficial do Brasil para Melhor Filme Internacional / Melhor Longa-Metragem Internacional nos Oscars de 2025 (98.ª edição).

A história do filme tem lugar no Brasil, em 1977. Marcelo, um especialista em tecnologia na casa dos 40 anos, encontra-se em fuga. Chega a Recife durante a semana de Carnaval, na esperança de se reunir com o filho, mas depressa percebe que a cidade está longe de ser o refúgio não violento que procura.

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Internacionalmente,O Agente Secreto foi galardoado no Festival de Cannes com o Prémio de Melhor Realizador para Kleber Mendonça Filho, Prémio de Melhor Actor para Wagner Moura, Prémio da Crítica (FIPRESCI) e Prémio de Cinema de Arte e Ensaio – AFCAE.

Kleber Mendonça Filho nasceu em Recife, no nordeste do Brasil. Licenciado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, teve uma longa carreira como crítico e programador de cinema.

Foi responsável pela secção de cinema da Fundação Joaquim Nabuco durante 18 anos e escreveu para o Jornal do Commercio do Recife, bem como para outras revistas como a Revista Continente e a Folha de São Paulo. É diretor artístico da Janela Internacional de Cinema do Recife e curador-chefe de cinema no Instituto Moreira Salles.

Como cineasta, começou nos anos 90 em vídeo, experimentando ficção, documentário e videoclipes, e na década de 2000 passou para o digital e para o 35mm. As suas primeiras curtas-metragens (“A Menina do Algodão”, “Vinil Verde”, “Eletrodoméstica”, “Recife Frio”) venceram mais de 100 prémios no Brasil e no estrangeiro. O seu primeiro filme foi o documentário “Crítico” (2008).

Em 2014, realizou “A Copa do Mundo”, no Recife, um documentário de 15 minutos para o Canal SportTV e a Casa de Cinema de Porto Alegre. “O Som ao Redor” (Neighboring Sounds, 2012) foi a sua primeira longa-metragem de ficção, selecionada para mais de 100 festivais internacionais, lançada em 14 países e vencedora de 32 prémios.

Representou o Brasil nos Óscares de 2014 e foi considerado um dos 10 melhores filmes do ano pelo The New York Times. “Aquarius” (2016), o seu segundo filme de longa duração, teve uma carreira ainda mais prestigiada, tendo sido exibido em mais de 100 países.

Em 2018, coescreveu e codirigiu, ao lado de Juliano Dornelles, “Bacurau”, que foi apresentado em competição no Festival de Cannes em maio de 2019, onde venceu o Prémio do Júri. O documentário “Retratos Fantasmas” (Pictures of Ghosts), a sua quinta longa-metragem, teve estreia mundial na 76.ª edição do Festival de Cannes em maio de 2023. O filme é fruto de sete anos de trabalho, investigação, filmagens e montagem, e foi exibido em sessão especial.