É aterrorizante e emocionante tornar-se vulnerável a alguém ou algo novo. E, talvez, é muito fácil mergulhar fundo quando você está apaixonado, esses são alguns dos dilemas do esperado “Close”, realizado por Lukas Dhont e representante da Bélgica na categoria Melhor Filme Internacional nos Óscares 2023.
Além da nomeação aos Óscares, a tocante obra de Dhot foi galardoada com o Grand Prix no último Festival de Cannes, também recebeu nomeações para melhor filme em língua não inglesa nos Golden Globes 2023, melhor filme em língua estrangeira no Critics Choice Awards 2023 e melhor filme europeu, realizador, ator e argumento no European Film Awards 2022.
Para felicidade dos cinéfilos cults brasileiros, o longa, distribuído pela O2 Filmes em parceria com a MUBI, estreou no Brasil nesta quinta-feira, 2 de março, nas seguintes cidades: Araraquara; Barueri; Belém; Belo Horizonte; Brasília; Campinas; Cuiabá; Curitiba; Florianópolis; Fortaleza; Maceió; Manaus; Mossoró; Natal; Niterói; Palmas; Poços de Caldas; Porto Alegre; Recife; Ribeirão Preto; Rio Branco; Rio de Janeiro; Salvador; São Carlos; São José dos Campos, São Paulo e Vitória.
O filme é estrelado por Eden Dambrine, Igor Van Dessel, Émilie Dequenne e Léa Drucker.
A partir do dia 21 de abril, após o período de exibição, o longa estará disponível com exclusividade na MUBI.

Sinopse
“Um estudo elegante, poético e empático da juventude, do aclamado escritor e diretor Lukas Dhont. Léo e Rémi, de treze anos, são inseparáveis; melhores amigos, tão próximos como irmãos. No entanto, quando começam um novo ano escolar, as pressões da adolescência florescente desafiam seu vínculo com consequências inesperadas e de longo alcance. Com atuações incríveis dos estreantes Eden Dambrine e Gustav De Waele, o segundo filme de Dhont é uma história de amadurecimento profundamente comovente que terá um impacto duradouro”.

Amizade como fio condutor
“Amizade era o ponto de arranque de uma história que evoluiu para o enfrentamento da perda, acomodação à dor do luto e a percepção de como seguimos adiante, apesar dos sofrimentos, sempre na perspectiva daquilo que nos é mais íntimo”, explicou Dhont ao Estadão em Cannes, logo após ter conquistado o Grand Prix, em um empate com a cineasta francesa Claire Denis, premiada por “Stars at Noon”.
O crítico do IndieWire, David Ehrlich, elogiou o “retrato palpavelmente específico (e já comovente) de Dhont da amizade masculina em face da heteronormatividade no altar de um esboço muito mais amplo de perda” da juventude. Confirmando a excelência técnica, Leslie Felperin, do The Hollywood Reporter, sublinha “Dhont e sua equipe sabem exatamente como aumentar os mostradores emocionais com impressionantes lentes mágicas que dão ao Dambrine de cabelos dourados um halo de sofrimento retroiluminado enquanto ele se posiciona em campos de dálias”.