A 5.ª edição do Festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino está prestes a chegar ao Cinema São Jorge, em Lisboa, entre 27 e 30 de setembro, onde serão apresentados cerca de 50 filmes, numa programação constituída por secções competitivas, não competitivas e diversos programas paralelos.
“O Olhares do Mediterrâneo é um festival único na paisagem do circuito português, bebendo de um formato existente noutros países, o qual coloca uma forte ênfase no papel da mulher no cinema. Nas suas diversas secções competitivas, o festival coloca não só a mulher num papel central, mas também diversas temáticas de relevo, tais como as migrações.”
A cerimónia de abertura acontece a 27 de setembro com “Figlia Mia”, de Laura Bispuri, longa-metragem em competição, que nos conta a história de uma menina de 10 anos na Sardenha, dividida entre duas mães. Esta é uma estreia nacional, depois do filme ter estado em competição em festivais como Berlinale, Sydney Film Festival ou o Hong Kong International Film Festival. Neste último, o filme venceu o prémio do júri na categoria “Young Cinema Competition”.
A esta juntam-se mais cinco longas, todas estreias nacionais e algumas internacionais, de origens tão diversas como Espanha, Turquia, França, Itália ou México: “Fields of Anger”, documentário de Anne Gintzburger, narrado por Catherine Deneuve, que dá conta da crise agrícola na Normandia e na Bretanha; os premiados documentários “Improsioned Lullaby”, de Rossella Schillaci e “Rush Hour”, de Luciana Kaplan; “Analysis of Blue Blood”, de Bianca Torres e Gabriel Velázquez; e “My Short Words” da dupla turca combinando realização e produção Büşra Bülbül e Bekir Bülbül.
Já na secção competitiva de curtas-metragens foram seleccionados mais de 20 filmes. Pelo terceiro ano consecutivo, a secção competitiva temática, “Travessias“, apresenta filmes sobre migrações, forçadas ou não, e histórias sobre êxodos. Uma secção que demonstra a atualidade do festival, colocando em evidência a crise dos refugiados.
Carlos Natálio, Mariana Galvão e Ana Borges constituem o júri do prémio da Melhor Longa-metragem, enquanto que o júri do prémio de Melhor Curta-metragem é constituído por Jorge Carvalho, Mariana Liz e Salette Ramalho.
Uma das novidades da programação deste ano é a Mostra não competitiva “Diários do Vale do Jordão”, apresentando “The Dream Will Never Come True”, de Khadijeh Bsharat e “A Weekend Visit Home”, de Nivin Bsharat.
Paralelamente haverá debates, workshops e exposições de fotografia como a “Instantâneos Mediterrânicos, um Tríptico Grego” (fotografia) e “Campos de Batalha” (exposição/instalação), que reflecte a situação dos migrantes bloqueados na margem sul do Mediterrâneo.
Fonte: Olhares do Mediterrâneo