Vêm aí a 7.ª edição do festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, que decorre entre 23 e 29 de novembro, com o melhor da cinematografia de mulheres da bacia mediterrânica. Em ano de pandemia o festival propõe 55 filmes (curtas e longas-metragens), incluindo 5 estreias mundiais, duas europeias, 29 nacionais e 9 internacionais, e conta com oito curtas portuguesas, que serão exibidos no Cinema São Jorge e no ISCTE-IUL (em Lisboa) e na plataforma VoD Filmin Portugal.
“Será um festival de cinema no feminino com mais de 50 filmes, mas implementará também “Awareness and Empowerment”, um projecto educativo que visa criar uma rede de festivais que envolve parceiros de Espanha, França, Itália, Líbano, Marrocos, Palestina e Turquia.”
Os Olhares do Mediterrâneo, que este ano se desdobram em dois formatos, presencial e online, mantém as quatro secções de filmes: Fora de Competição; Competição Geral (Longas e Curtas-metragens); Travessias; Começar a Olhar (Filmes de Escola). A programação do Festival inclui ainda uma sessão para famílias (no Cinema São Jorge e na Filmin) e uma sessão acessível com cinco curtas portuguesas da competição (unicamente na Filmin).
A sessão de abertura, a 25 de novembro, será apresentado “God Exists, Her Name is Petrunya”, da macedónia Teona Strugar Mitevska, ficção vencedora do Prémio Lux de Cinema do Parlamento Europeu, co-programador da sessão. Já na sessão de encerramento, a 29 de novembro, será exibido o espanhol “A Thief’s Daughter”, de Belén Funes, vencedora dos Prémios Goya e Gaudí como Melhor Nova Realizadora. O filme é um drama social austero, com uma protagonista deslumbrante, capaz de manter um equilíbrio perfeito entre desespero e dignidade.
No Cinema São Jorge, de 25 a 29 de novembro, serão apresentadas 11 longas-metragens e uma selecção de curtas, e de 26 de novembro a 10 de dezembro serão exibidas 10 longas-metragens e 44 curtas, produzidos em 25 países, incluindo Portugal, na plataforma Filmin Portugal.
São oito os filmes portugueses apresentados, ocupando um lugar de relevo na Competição Começar a Olhar, com sete curtas-metragens: “Cellfie”, de Débora Mendes, “One Minute Show Time”, de Maria Clara Norbachs e Marisa Alves Pedro, “Being Uncanny”, de Filipa Alves e Maria Barbosa, “Still Life”, de Francisca de Abreu Coutinho, “Teus Braços, Minhas Ondas”, de Débora Gonçalves, “Sonder”, de Ana Monteiro (co-produção polaca) e “Stepless”, de Nadège Jankowicz (co-produção alemã). A animação luso-brasileira “Claudete e o Bolo”, de Fádhia Salomão, compete na secção Geral Curtas.
Documentários “militantes”, como por exemplo “The Bush School”, de Emanuela Zuccalá (Itália), e “I Am de Revolution”, de Banedetta Argentieri (Itália, EUA, Iraque, Síria, Afeganistão), darão o mote para um debate sobre direitos das mulheres e igualdade de género, apresentando as lutas de mulheres da Libéria, do Iraque, da Síria e do Afeganistão. Duas ficções, a longa-metragem francesa “Eva Wishes”, de Lisa Diaz, e a curta-metragem italiana “The Load”, da Gaia Giapponesi, serão o ponto de partida, num tom leve e humorado, para falar de gravidez, controlo social, totalitarismo e liberdade.
Fonte: Olhares do Mediterrâneo