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Leopardo Filmes está a preparar uma grande retrospectiva dedicada a Ingmar Bergman

Com um total de 31 filmes, esta é a maior retrospectiva já organizada nas salas de cinema portuguesas, apresentando também obras inéditas no país
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Foto: Die Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen

No final do mês passado, a Leopardo Filmes revelou uma extensa retrospectiva em homenagem ao realizador sueco Ingmar Bergman, que começará no dia do seu aniversário, 14 de julho.

Dividida em duas partes, a primeira em 14 de julho e a segunda em 8 de agosto, a retrospectiva contará com um total de 31 filmes, incluindo alguns que nunca foram exibidos em Portugal. Esta será a mais completa retrospectiva já realizada nas salas de cinema portuguesas.

Onde será exibida?

A retrospectiva terá lugar em Lisboa, no Nimas; no Porto, no Teatro Campo Alegre e no Cinema Trindade; em Coimbra, no TAGV; em Braga, no Theatro Circo; na Figueira da Foz, no CAE; e em Setúbal, no Charlot, entre outras cidades.

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O público poderá assistir aos filmes em cópias digitais restauradas.

No Nimas, a bilheteira já está disponível, tanto física como online, para a compra de bilhetes para todos os filmes.

Seleção

A Leopardo Filmes trará à sala de cinema quatro títulos inéditos em Portugal: “Cidade Portuária” (1948) e “A Sede” (1949), a partir de 14 de julho; e “Mulheres que Esperam” (1952) e “Depois do Ensaio” (1984), a partir de 8 de agosto.

Além disso, o público poderá apreciar filmes que há muito não são exibidos nas salas de cinema, como “A Hora do Lobo” (1968), “A Vergonha” (1968) e “A Paixão” (1969), além de clássicos renomados como “O Sétimo Selo” (1957), “Um Verão de Amor” (1951), “Mónica e o Desejo” (1953) e “Fanny e Alexandre” (1982).

Ingmar Bergman

Os filmes de Ingmar Bergman são imediatamente reconhecíveis pela criação do seu próprio universo cinematográfico, à semelhança de cineastas como Wes Anderson, Tim Burton, Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock.

Através de cenários recorrentes, temas profundos, personagens complexas, dispositivos estilísticos e colaborações constantes com actores e equipas de filmagem, Bergman desenvolveu um estilo único que quase se tornou um género em si mesmo. Enquanto Hitchcock personifica o thriller psicológico supremo, Bergman é reconhecido como o mestre do drama existencial e filosófico de relacionamentos.

Bergman escreveu o seu primeiro argumento no final da Segunda Guerra Mundial e começou a realizar os seus próprios filmes nos anos do pós-guerra. Estilisticamente, os seus filmes frequentemente (mas não sempre) incorporam as técnicas narrativas do cinema “clássico”, acrescentando dispositivos estilísticos “modernos”.

Ao longo do tempo, seus filmes tornaram-se referências no cinema de arte. Em uma época em que o cinema buscava reafirmar sua legitimidade, o sueco provou que a sétima arte podia ir além do simples entretenimento, alcançando o status de verdadeira expressão artística.

A sua influência foi tão profunda que o desenvolvimento dos estudos de cinema como disciplina académica no final dos anos 1960 é, em grande parte, atribuído à sua obra. Os seus filmes, que mergulham na psique humana e nas angústias existenciais, proporcionam um vasto material para análise sistemática e crítica.


Programa

 

14 Julho – 1.ª Parte

“Cidade Portuária” (1948)

“A Sede” (1949)

“Rumo à Felicidade” (1950)

“Mónica e o Desejo” (1953)

“Uma Lição de Amor” (1954)

“O Sétimo Selo” (1957)

“O Olho do Diabo” (1960)

“A Fonte da Virgem” (1960)

“A Força do Sexo Fraco” (1964)

“A Máscara” (1966)

“A Vergonha” (1968)

“A Hora do Lobo” (1968)

“Lágrimas e Suspiros” (1972)

“Cenas da Vida Conjugal” (1973)

“Da Vida das Marionetas” (1980)

 

8 Agosto – 2.ª Parte

“Uma Luz nas Trevas” (1948)

“A Prisão” (1949)

“Um Verão de Amor” (1951)

“Mulheres que Esperam” (1952)

“Sorrisos de uma Noite de Verão” (1955)

“Morangos Silvestres” (1957)

“O Rosto” (1958)

“Em Busca da Verdade” (1961)

“Luz de Inverno” (1963)

“O Silêncio” (1963)

“O Ritual” (1969)

“A Paixão” (1969)

“Flauta Mágica” (1975)

“Sonata de Outono” (1978)

“Fanny e Alexandre” (1982)

“Depois do Ensaio” (1984)