Mais de 37 mil espectadores viram “Ainda Estou Aqui” no fim-de-semana de estreia em Portugal

O drama de Walter Salles passado na ditadura militar do Brasil foi a estreia mais vista este fim-de-semana nos cinemas portugueses.
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“Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles – Divulgação

Um dos filmes mais badalados desta temporada de prémios, o novo filme de Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, baseado na história real de Eunice Paiva e da sua família durante a ditadura militar do Brasil, conquistou o público português tendo levado mais de 37 mil espectadores às salas no no fim-de-semana de estreia.

Segundo os dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), nos primeiros quatro dias de estreia, “Ainda Estou Aqui” foi visto por 37,233 espectadores e registou mais de 246 mil euros de receita bruta nas bilheteiras nacionais. Foi a estreia mais vista entre 16 a 19 de janeiro de 2025, ultrapassando outras estreias do dia 16 de janeiro, como “A Verdadeira Dor” de Jesse Eisenberg (5018 espectadores), “Maria” de Pablo Larraín (3546 espectadores) ou “Robot Dreams – Amigos Improváveis” de Pablo Berger (899 espectadores).

“Ainda Estou Aqui” tem sido um fenómeno no Brasil, tendo sido visto já por mais de três milhões de espectadores. Em Portugal, o filme protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello, e que inclui a participação de Fernanda Montenegro, parece seguir o mesmo caminho de sucesso, tendo esgotado 12 sessões do primeiro fim-de-semana de exibição no Cinema Trindade, no Porto.

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O filme de Walter Salles é uma memória da ditadura militar brasileira, que conta a história de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que se vê “forçada a reinventar-se quando a vida da sua família é estilhaçada pela violência arbitrária do regime. No seu novo filme, Walter Salles traz-nos a história verdadeira do desaparecimento às mãos da ditadura do ex-deputado federal Rubens Paiva, marido de Eunice. Walter, que na adolescência era amigo de um dos filhos, frequentou a sua casa no Rio, onde se reuniam vários resistentes e se sentia a vibração dos ideais de liberdade do início dos anos 60. O filho mais novo, Marcelo Rubens Paiva publicou um livro sobre a memória familiar e colectiva desta história, precioso para o trabalho do realizador. Uma reflexão sobre como superar a perda e as feridas infligidas a toda uma nação.”

O filme que deu o Globo de Ouro de Melhor Atriz (Drama) para Fernanda Torres tem conquistado a crítica internacional e é apontado como um dos favoritos na corrida aos Óscares (os nomeados são conhecidos a 23 de janeiro). No Brasil, o público continua a encher salas de cinema para ver o filme de Walter Salles, logo após ao feito histórico para o cinema brasileiro nos Globos de Ouro.

“Ainda Estou Aqui” continua em exibição em mais de 40 salas portuguesas.

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