Morreu Marisa Paredes, a estrela dos filmes de Pedro Almodóvar

A atriz espanhola morreu esta terça-feira, 17 de dezembro, aos 78 anos, na sequência de um “problema cardíaco”, segundo avançou o El País.
"A Flor do Meu Segredo" (1995) de Pedro Almodóvar "A Flor do Meu Segredo" (1995) de Pedro Almodóvar
Marisa Paredes em "A Flor do Meu Segredo" (1995), de Pedro Almodóvar

Morreu Marisa Paredes, atriz espanhola de cinema, teatro e televisão, cuja carreira ficou diretamente ligada à cinematografia do realizador Pedro Almodóvar, em filmes como “Saltos Altos” (1991), “Tudo Sobre a Minha Mãe” (1999) e “Fala com Ela” (2002).

A atriz, que foi presidente da Academia de Cinema e recebeu o Goya de Honra em 2018, entre muitos outros prémios, faleceu aos 78 anos no hospital da Fundação Jiménez Díaz, em Madrid, na sequência de um “problema cardíaco”, segundo avançou o jornal El País.

A notícia foi recebida com grande pesar no setor audiovisual de Espanha. “O cinema espanhol fica sem uma das suas atrizes mais icónicas. Marisa Paredes (Madrid, 1946) faleceu aos 78 anos, deixando para trás uma longa carreira em que o público a pôde ver em mais de 75 ocasiões no grande ecrã. Mulheres fortes, ambivalentes, dilaceradas, apaixonadas, enigmáticas e, em última análise, muito humanas compuseram o trabalho interpretativo da madrilena, que deixou pendente o lançamento do filme ‘Saída de Emergência’ de Lluís Miñarro.”, escreveu em comunicado a anunciou a Academia Espanhola de Cinema.

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Nascida em 1946, teve uma longa carreira no teatro. Estreou-se no cinema na década de 1960, com as comédias “Os loucos do futebol” e “Canción de cuna”. Foi uma das “mulheres estrela” de Almodóvar, tendo trabalhado com o realizador em filmes como “Negros Hábitos” (1983), “Saltos Altos” (1991), “A Flor do Meu Segredo” (1995), “Tudo Sobre a Minha Mãe” (1999) e o mais recente “A Pele Onde eu Vivo” (2011).

A Academia lembra ainda as inúmeras colaborações que os filmes de Almodóvar lhe permitiram com o cinema internacional, tendo participado em filmes como “A Vida é Bela” (1997), de Roberto Benigni, “Vermelho Vivo” (1996), de Arturo Ripstein, “Nas Costas do Diabo” (2001), de Guillermo del Toro, “Espelho Mágico” (2005), de Manoel de Oliveira, “Linhas de Wellington” (2012), de Valeria Sarmiento, “Prima, Eu Amo-te” (1988), de Fernando Trueba, Três Vidas e Uma Só Morte” (1996), de Raoul Ruiz, ou “Jonas et Lila, à demain” (1999), de Alain Tanner.

O presidente da Academia, Fernando Méndez-Leite, lamentou a morte de “uma das nossas atrizes mais carismáticas, com uma carreira que se estende por mais de 60 anos e que se desenvolveu com idêntica eficácia e sensibilidade no cinema, no teatro e na televisão”. A Marisa foi sem dúvida uma das maiores atrizes do cinema espanhol, uma pessoa querida e conhecida por todos, que encheu os nossos grandes e pequenos ecrãs”, destacou.

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