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Programação do Batalha Centro de Cinema celebra os valores do 25 de Abril

"West Indies, les nègres marrons de la liberté" (1979), docu-ficção de Med Hondo "West Indies, les nègres marrons de la liberté" (1979), docu-ficção de Med Hondo
"West Indies, les nègres marrons de la liberté" (1979), docu-ficção de Med Hondo

O ciclo “Se o Cinema é uma Arma”, que evoca os valores da Revolução dos Cravos e assinala os seus 50 anos, a retrospetiva dedicada à cineasta neozelandesa Jane Campion e o lançamento do livro dedicado à prática de cinema de João Salaviza e Renée Nader Messora, são alguns dos destaques do programa do Batalha Centro de Cinema para março e abril.

De 16 de março e 28 de abril, o Batalha apresenta “um programa de filmes que explora o poder transformador do cinema e a forma como este pode atuar como ferramenta de luta nos dias de hoje em Portugal e no mundo.”

Com curadoria de Fradique, Janaína Oliveira, Manuela Matos Monteiro e Rita Morais, o ciclo de cinema é composto por “obras de ficção e documentais que transcendem fronteiras estéticas, culturais e geográficas”, ecoando desse modo “o espírito de liberdade que Abril anunciou para discutir ideais de justiça e igualdade.”

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“A Lei da Terra” (1977), “El botón de nácar” (2015) ou o musical-épico realizado por Med Hondo “West Indies, les nègres marrons de la liberté” (1979), entre outros filmes oriundos da Palestina, do Brasil, França, Irão ou Nigéria, “apresentam-se filmes que, ao denunciar opressões e desvendar outras perspetivas históricas, se transformam em importantes atos de resistência.”

"A Lei da Terra" (1977), de Colectivo Grupo Zero
“A Lei da Terra” (1977), de Colectivo Grupo Zero

Outro dos destaques deste programa é a retrospectiva dedicada à neozelandesa Jane Campion, uma das cineastas mais distintas da atualidade, num ciclo intitulado de “Sem Cedências” e que se prolonga até 15 de junho. “A retrospetiva inclui todas as longas-metragens de Campion e a maioria das suas curtas — um conjunto de obras que ilustram o percurso pioneiro da cineasta e as suas complexas personagens femininas à margem da sociedade.”

A 13 de março, no mês em que estreia em Portugal “A Flor do Buriti” (2023), a nova obra de João Salaviza e Renée Nader Messora, “o Batalha lança a primeira publicação monográfica dedicada à prática de cinema da dupla de cineastas, com ensaios de Creuza Krahô, Jacques Lemière, Joana Pimenta, Justin Jaeckl, Paz Encina, Philippe Descola e Wellington Cançado, e Renata Marquez. Na sessão de lançamento do livro, será apresentado, em estreia, um vídeo-ensaio homónimo comissariado pelo Batalha, de Luísa Homem, Wellington Cançado e Renata Marquez, a partir do ensaio visual que Cançado e Marquez dedicaram à obra do duo.”

O Batalha acolhe ainda a 44.ª edição do Fantasporto, de 1 a 10 de março, que vai apresentar em estreia nacional filmes oriundos de 30 países, e, em abril, o Porto Femme, que na sua 7.ª edição pretende refletir sobre as mulheres e revoluções.

Fonte: Batalha Centro de Cinema