David Fincher, Pablo Larrain, Sofia Coppola, Michael Mann, Luc Besson, Matteo Garrone ou Ryûsuke Hamaguchi são alguns dos nomes que integram a seleção robusta da 80.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que decorre entre 30 de agosto e 9 de setembro, na cidade italiana.
O programa da 80.ª edição foi hoje revelado pelo diretor artístico do festival, Alberto Barbera, com o anúncio dos filmes que integram as várias secções: em Competição, fora de Competição, Horizontes, Horizontes Extra, Clássicos Veneza, entre outras.
Uma das novidades é a substituição do filme de abertura, que agora será “Comandante”, realizado por Edoardo De Angelis e protagonizado por Pierfrancesco Favino, em estreia mundial em Competição, e não o anteriormente anunciado “Challengers”, de Luca Guadagnino. A mudança surge por decisão da produção do filme de Guadagnino, e a sua estreia foi adiada para 2024. O motivo deve-se ao facto de estar a decorrer uma grande greve de intérpretes e argumentistas de Hollywood desde o dia 14 de julho, sendo esta a primeira grande paralisação conjunta desde 1960 na indústria cinematográfica dos EUA. A greve está a paralisar a produção cinematográfica e televisiva nos EUA, afetando também toda a promoção dos filmes que os atores e atrizes habitualmente fazem.
Alberto Barbera insistiu que as greves de atores e argumentistas dos EUA terão um impacto “bastante modesto” no festival deste ano. “Felizmente as consequências desta greve – que tem muito boas motivações com as quais podemos concordar – o impacto é bastante modesto no nosso festival”, acrescentou.
O filme do italiano Edoardo De Angelis, “Comandante”, um drama sobre um submarino italiano durante a Segunda Guerra Mundial, será assim o filme de abertura de Veneza, no dia 30 de agosto.
“É uma grande honra para nós abrir o 80.º Festival Internacional de Cinema de Veneza e agradecemos ao diretor, Barbera. ‘Comandante’ é um filme que fala sobre força e Salvatore Todaro personifica-a de forma sublime: combater o inimigo sem jamais esquecer que ele é também um ser humano. Pronto para derrotá-los, mas também para resgatá-los e salvar as suas vidas, conforme prescreve a lei do mar. Porque assim sempre foi feito e sempre será feito.”, comenta o realizador.
A programação de Veneza inclui na secção competitiva filmes de Luc Besson (“Dogman”), Stéphane Brizé (“Hors-Saison”), Bradley Cooper (“Maestro”), David Fincher (“The Killer”), Michel Franco (“Memory”), Matteo Garrone (“Io Capitano”), Ryûsuke Hamaguchi (“Evil Does Not Exist”), Yorgos Lanthimos (“Poor Things”), Pablo Larrain (“El Conde”), ou Michael Mann (“Ferrari”). Dos 23 filmes em competição, apenas cinco são realizados por mulheres, entre as quais se encontra Sofia Coppola, com o seu novo filme “Priscilla”.
Integram também a programação de Veneza 2023 filmes como “DAAAAAALI!”, de Quentin Dupieux, “The Caine Mutiny Court-Martial”, de William Friedkin, ou “The Wonderful Story of Henry Sugar”, um filme de 40 minutos de Wes Anderson; e as controversas presenças de Roman Polanski e Woody Allen, com os filmes “The Palace” e “Coup de Chance” respectivamente.
A secção Horizontes, com uma seleção de filmes que representam as últimas tendências estéticas e expressivas do cinema internacional, conta com 18 produções.
O realizador norte-americano Damien Chazelle vai presidir o júri da seleção oficial que atribui o Leão de Ouro, juntamente com Saleh Bakri (ator palestino), Jane Campion (realizadora neozelandesa), Mia Hansen-Løve (realizadora francesa), Gabriele Mainetti (ator e realizador italiano), Martin McDonagh (argumentista e realizador irlandês), Santiago Mitre (realizador argentino), Laura Poitras, (jornalista e realizadora norte-americana) e Shu Qi (atriz chinesa).
Em Competição
Comandante, de Edoardo De Angelis (Itália) – Filme de Abertura
The Promised Land, de Nikolaj Arcel (Dinamarca, Alemanha, Suécia)
Dogman, de Luc Besson (France)
Le Bête, de Bertrand Bonello (França, Canadá)
Hors-Saison, de Stéphane Brizé (França)
Enea, de Pietro Castellitto (Itália)
Maestro, de Bradley Cooper (EUA)
Priscilla, de Sofia Coppola (EUA, Itália)
Finally Dawn, de Saverio Costanzo (Itália)
Lubo, de Giorgio Diritti (Itália)
Origin, de Ava DuVernay (EUA)
The Killer, de David Fincher (EUA)
Memory, de Michel Franco (Mexico, EUA)
Io Capitano, de Matteo Garrone (Itália, Bélgica)
Evil Does Not Exist, de Ryûsuke Hamaguchi (Japão)
The Green Border, de Agnieszka Holland (República Checa, Polónia, Bélgica)
The Theory of Everything, de Timm Kröger (Germany, Áustria, Suíça)
Poor Things, de Yorgos Lanthimos (R.U.)
El Conde, de Pablo Larrain (Chile)
Ferrari, de Michael Mann (EUA)
Adagio, de Stefano Sollima (Itália)
Woman Of, de Malgorzata Szumowska, Michal Englert (Polónia, Suécia)
Holly, de Fien Torch (Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França)
Horizontes
A Cielo Aperto, de Mariana Arriaga, Santiago Arriaga (Mexico, Espanha)
El Paraiso, de Enrico Maria Artale (Itália)
Behind the Mountains, de Mohamed Ben Attia (Tunisia, Bélgica, França, Arabia Saudita, Qatar)
The Red Suitcase, de Fidel Devkota (Nepal, Sri Lanka)
Tatami, de Guy Native, Zar Amir Ebrahimi (Georgia, EUA)
Paradise is Burning, de Mika Gustavson (Suécia, Itália, Dinamarca, Finlândia)
The Featherweight, de Robert Colony (EUA)
“Invelle, de Simone Massi (Itália, Suíça)
Hesitation Wound, de Selman Nacar (Turquia, Espanha, Roménia, França)
Heartless, de Nara Normande, Tião (Brasil, França, Itália)
Una Sterminata Domenica, de Alain Parroni (Itália, Alemanha, Irlanda)
City of Wind, de Lkhagvadulam Purev-Ochir (França, Mongolia, Portugal, Holanda)
Explanation for Everything, de Gábor Reisz (Hungria, Eslováquia)
Gasoline Rainbow, de Bill Ross, Turner Ross (EUA)
En Attendant La Nuit, de Céline Rouzet (França, Bélgica)
Housekeeping for Beginners, de Goran Stolevski (Macedonia do Norte, Polónia, Corácia, Sérvia, Kosovo)
Shadow of Fire, de Shinya Tsukamoto (Japão)
Dormitory, de Nehir Tuna (Turquia, Alemanha, França)
Horizontes Extra
Bota Jonë, de Luàna Barjami (Kosovo, França)
Forever Forever, de Anna Buryachkova (Ucrânia, Holanda)
The Rescue, de Daniela Goggi (Argentina, EUA)
Day of the Fight, de Jack Huston (EUA)
In the Land of Saints and Sinners, de Robert Lorenz (Irlanda)
Felicità, de Micaela Ramazzotti (Itália)
Pet Shop Boys, de Olmo Schnabel (Itália, RU, México)
Stolen, de Karan Tejpal (India)
L’Homme D’Argille, de Anaïs Tellene (França)
Fora de Competição – Documentário
Amor, de Virginia Eleuteri Serpieri (Itália, Lituania)
Frente A Guernica, de Yervant Gianikian, Angela Ricci Lucchi (Itália)
Hollywoodgate, de Ibrahim Nash’at (Alemanha, EUA)
Ryuichi Sakamoto — Opus, de Neo Sora (Japão)
Enzo Jannacci Vengo Anch’io, de Giorgio Verdelli (Itália)
Menus Plaisirs, de Frederik Wiseman (França)
Fora de Competição – Ficção
Society of the Snow, de J.A. Bayona (Spain, Uruguay, Chile) – Filme de Encerramento
Coup de Chance, de Woody Allen (França, RU)
The Wonderful Story of Henry Sugar, de Wes Anderson (RU)
The Penitent, de Luca Barbareschi (Itália)
L’Ordine Del Tempo, de Liliana Cavani (Itália)
Vivants, de Alix Delaporte (França, Bélgica)
Welcome to Paradise, de Leonardo di Constanzo
DAAAAAALI!, de Quentin Dupieux (França)
The Caine Mutiny Court-Martial, de William Friedkin
Making of, de Cédric Kahn (França)
Aggro Dr1ft, de Harmony Korine (EUA)
Hit Man, de Richard Linklater (EUA)
The Palace, de Roman Polanski (Polónia, França)
Snow Leopard, de Pema Tseden (China)