A programação da 19.ª Festa do Cinema Francês foi apresentada nesta terça-feira (18) em conferência de imprensa com Jean-Michel Casa, Embaixador de França em Portugal; José Manuel Costa, director da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema; Nuno Sousa, director de programação da rede UCI Cinemas; Silvia Balea, Adida de cooperação cultural e audiovisual do Institut français du Portugal; Sara Abrantes, programadora do festival; e Mathilde Lajarrige, assessora cultural do Institut français du Portugal.
A 19.ª edição do evento, que passará por 11 cidades portuguesas e 13 salas, começa já no próximo dia 4 de outubro, com sessão de abertura no Cinema São Jorge, em Lisboa, e termina a 11 de novembro em Setúbal.
O padrinho deste ano é o realizador e argumentista Jean-Paul Rappeneau, que estará na inauguração em Lisboa para apresentar pela segunda vez no mundo – depois do Festival de Cannes – a cópia restaurada da sua adaptação de “Cyrano de Bergerac”, com Gérard Depardieu, premiada nomeadamente com dez César e um Óscar.

Dos 40 filmes da programação, 27 são antestreias das quais se destacam “L’Apparition”, de Xavier Giannoli, “Le Grand Bain”, de Gilles Lellouche, “La Prière”, de Anthony Bajon, “Le Vent Tourne”, de Bettina Oberli, “Les Confins du Monde”, de Guillaume Nicloux, “Nos Batailles”, de Guillaume Senez, “Plaire, aimer et courir vite”, de Christophe Honoré, e “Le Collier Rouge”, de Jean Becker.
A sessão de encerramento em 14 de outubro, no Cinema São Jorge, terá como convidado o realizador Stéphane Brizé, que apresentará o seu filme mais recente “En Guerre”.
Nuno Sousa aponta que o filme de abertura entrará logo em seguida em cartaz e que a UCI Cinemas já virou “a casa de estreia da cinematografia francesa”: “Para terem uma noção, cinco filmes franceses estão em exibição comercial nesta semana por requerimento do público.”
Um dos mais respeitados realizadores e argumentistas europeus, Henri-Georges Clouzot é o escolhido para uma retrospectiva em parceria com a Cinemateca Portuguesa. Serão exibidos oito filmes, entre eles “L’Assassin Habite… au 21” (1942), “Les Diaboliques” (1955), “Le Mystère Picasso” (1976), e “L’Enfer d’Henri-George Clouzot” (2009), de Serge Bromberg e Ruxandra Medrea, uma reconstituição do inacabado “L’Enfer”.
“Clouzot foi um autor para a minha geração que não era de todo desconhecido por causa de suas obras dos anos 50. Mas havia algo de esquecido, por exemplo, seu começo como argumentista e alguns filmes dos anos 40 e posteriores aos anos 50. A retrospectiva tenta cobrir esses vários aspectos da obra de Clouzot. ‘L’Enfer’ é de um período mais atribulado de sua vida. Era para ser um filme mais ambicioso, que iria revolucionar o cinema, mas a rodagem correu mal, Clouzot teve um primeiro infarto e ficou muito mal de saúde. As filmagens então foram interrompidas”, declarou o director da Cinemateca, José Manuel Costa.

Depois de Lisboa, a 19ª edição da Festa do Cinema Francês passará por Almada (10-14 out), Aveiro (16 e 17 out), Beja (6-9 nov), Coimbra 16-21 out), Faro (6-9 nov), Leiria (6 e 7 nov), Porto (23-28 out), Seixal (7-10 nov), Setúbal (9-11 nov) e Viana do Castelo (24-26 out).
O evento ainda conta com o Ciclo ACID – Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion, uma associação de realizadores que promove filmes independentes, encontros, masterclasses, sessões escolares, conferência com Antoine Sire, e programa paralelo no Canal Cinemundo. Clique aqui para conferir a programação completa.