Cinanima 2022: Arranca hoje com mais de cem filmes e uma retrospetiva a Piotr Kamler

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"O Coração" (1973), de Piotr Kamler

Arranca hoje a 46.ª edição do Cinanima — Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, que se prolongará até dia 23 de novembro, com a exibição de mais de cem filmes de 26 países, masterclasses, workshops e ainda uma retrospectiva do realizador polaco Piotr Kamler.

A sessão de abertura realiza-se hoje com a exibição da primeira de cinco longas-metragens em competição nesta edição, “O Lado Mais Belo”, de Xiya Lan, Nianze Li, Yi Zhao, Kun Yu, Gaoxiang Liu, Maoning Liu e Chen Chen. O filme chinês, de animação familiar, uma estreia em Portugal, é uma “adaptação de sete livros originais chineses de imagens que mostra as interacções comuns entre pais e filhos para explorar temas como a relação mãe-filho, relações entre irmãos, boa vizinhança, etc. Cada tema é explorado utilizando diferentes estilos visuais de animação, tais como pintura, recortes, aguarela, colagens e muito mais para criar uma representação simples e uma interpretação afetuosa da vida e do crescimento.”.

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“Nayola” – O filme com argumento de Virgílio Almeida é baseado numa peça de teatro escrita por José Eduardo Agualusa e Mia Couto, e cruza três gerações de mulheres com a guerra civil de Angola como pano de fundo.

Integram também a competição de longas-metragens os filmes “Dozens of North”, de Koji Yamamura (Japão), “Interdito a Cães e Italianos”, de Alain Ughetto (uma co-produção internacional entre França, Itália, Bélgica, Suíça e Portugal), “Os Demónios do Meu Avô”, de Nuno Beato (Portugal, Espanha, França) e “Nayola”, a primeira longa-metragem de animação de José Miguel Ribeiro (Portugal, Bélgica, França, Países Baixos).

O Cinanima 2022 vai homenagear o polaco Piotr Kamler com uma retrospetiva dedicada à sua carreira. O realizador, natural de Varsóvia e com formação artística na Escola de Belas Artes de Paris, “evoca tanto mitos ancestrais como ficção científica vanguardista, faz os seus filmes de forma artesanal”. A sessão realiza-se hoje na Sala António Gaio, pelas 16h30, com a exibição de oito filmes.

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Uma Missão Efémera (1993), de Piotr Kamler

O festival vai ter seis workshops a decorrer até dia 11 de novembro: “GRITA UM FANZINE!” (construção de um fanzine), de Catarina Macedo Pisco e Mónica Alves, “Monstros, Monstrinhos e Monstrengos”, de Maria Margarida Pessanha, “Como conseguimos sentir uma imagem?”, de Bruna Ferreira e Rui Monteiro, “Da Escrita à Ilustração: a Criação de uma Personagem”, de Bruna Ferreira Rui Monteiro, “Desconstrução” (animação em barro), de Mariana Jerónimo, e “Os vegetais são todos iguais – são de mais”, de Luís Manuel Félix Alípio e Luís Miguel Barbosa Costa Leite.

O júri das curtas-metragens é constituído por Alice Guimarães, Chris Robinson, Emma de Swaef, Tomm Moore e Waltraud Grausgruber. O júri das longas-metragens fazem parte: Birgitta Hosea, Paulo Patrício e Sam Ortí. As restantes secções competitivas são Student Film Competition (Cheng-Hsu Chung, Chintis Lundgren e Mauro Carrano) e Júri Nacional (Carlos de Carvalho, Cátia Peres e Paulo Bérnard Guedes).

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