Rumo à 32.ª edição do Curtas, ontem, dia 13, foram anunciados mais três autores que estarão em destaque este ano: Alberto Vázquez, Laura Ferrés e Yorgos Zois.
Alberto Vázquez
Realizador de cinema de animação e artista de banda desenhada, Alberto Vázquez tem sido elogiado pelo caráter distintivo das suas ilustrações e pela forma visionária com que aborda a realização dentro do género.
O seu trabalho é dotado de uma versatilidade inconfundível, marcado pelas linhas ousadas, cores vívidas e imaginário surrealista que exploram as diferentes latitudes da emoção humana e a complexidade das sociedades contemporâneas.
Enquanto ilustrador, o seu trabalho mistura elementos lúdicos com temas sombrios, criando uma tapeçaria visual que convida os leitores a um novo mundo de imaginação.
Como realizador, Vázquez tem recebido o elogio da crítica com filmes de animação que exploram os limites da narrativa e provocam a audiência.
Ao longo da sua carreira, ganhou três Goya e foi alvo de várias distinções em festivais internacionais.
No Curtas, foi galardoado com o prémio do público em 2016 com “Decorado”.
O programa que o Curtas lhe dedica faz uma retrospectiva integral da sua obra, com filmes curtos e longos como “Unicorn Wars” (2022) e “Birdboy: The Forgotten Childten” (2015).
O realizador, que marcará presença em Vila do Conde, orientará uma masterclass em torno da sua obra.
Laura Ferrés
Secção dedicada a olhar alguns dos nomes emergentes da cinematografia mundial, o New Voices deste ano destaca os trabalhos da catalã Laura Ferrés e do grego Yorgos Zois.
Conhecida sobretudo pela forma tocante e íntima com que aborda as emoções e experiência humanas, os filmes de Ferrés celebram a resiliência e a humanidade das pessoas comuns. Focando-se, frequentemente, em histórias de exclusão social, luta pela sobrevivência e dinâmicas familiares, a sua obra mergulha nas complexidades da vida quotidiana, capturando – de forma incrivelmente autêntica, crua e minuciosamente detalhada – momentos de vulnerabilidade, conexão e empatia.
O programa que o Curtas lhe dedica integrará a exibição de “The Permanent Picture” (2023) e “The Disinherited” (2017), assim como uma Carta Branca com escolhas da autora e uma conversa.
Yorgos Zois
A obra de Yorgos Zois tem sido destacada pela abordagem inovadora e crítica que faz aos temas sociais e existenciais do mundo de hoje, da alienação humana às dinâmicas de poder.
Nascido em 1982, Zois estudou Engenharia Aplicada antes de se dedicar ao cinema na Academia de Cinema de Berlim. O seu trabalho tem sido aclamado em festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim ou Roterdão, consolidando-o como uma voz singular no cinema europeu contemporâneo.
No âmbito do foco que o Curtas lhe dedica, será exibida – em estreia nacional – “Arcadia”, a mais recente longa-metragem. O realizador também marcará presença em Vila do Conde, onde participará de uma conversa.
Programação
InFocus: Alberto Vázquez
“Birdboy” (2011), de Alberto Vázquez e Pedro Rivero
“Birdboy: The Forgotten Children” (2015), de Alberto Vázquez
“Decorado” (2011), de Alberto Vázquez
“Homeless Home” (2020), de Alberto Vázquez
“Ramiro, Sucia rata” (2012), de Alberto Vázquez
“Unicorn Blood” (2013), de Alberto Vázquez
“Unicorn Wars” (2022), de Alberto Vázquez
Carta Branca
“Astigmatismo” (2013), de Nicolai Troshinsky
“El corrió junto a su camarada” (2022), de Genís Rigol
“Jamon” (2013), de Iria López
“Metamorphosis” (2019), de Juanfran Jacinto y Carla Pereira,
“Simbiosis Carnal” (2017), de Rocío Álvarez
“Soy una tumba” (2019), de Khris Cembe
“Zepo” (2014), de César Díaz Meléndez
New Voices: Laura Ferrés
“The Disinherited” (2017), de Laura Ferrés
“The Permanent Picture” (2023), de Laura Ferrés
Carta Branca
“Lonely Rivers” (2019), de Mauro Herce
“Sóc vertical però m’agradaria ser horitzontal” (2022), de María Antón Cabot
“Forastera” (2020), de Lucía Aleñar
New voices: Yorgos Zois
“Arcadia” (2024), de Yorgos Zois
“Casus belli” (2010), de Yorgos Zois
“Eighth Continent” (2017), de Yorgos Zois
“Interruption” (2015), de Yorgos Zois
“Out of Frame” (2012), de Yorgos Zois
“Party Animal” (2018), de Yorgos Zois
“Third Kind” (2018), de Yorgos Zois
Carta Branca
“Le Saboteur” (2022), de Ansii Kasitonni
“Cherries” (2022), de Vytautas Katkus
“Aqueronte” (2023), de Manuel Muñoz Rivas
“Washingtonia” (2024), de Konstantina Kotzamani e Kleopatra Ampatzoglou