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“E.T. – O Extraterrestre” assinala um ano do projecto Luz na Tela no Museu da Língua Portuguesa

A sessão gratuita ao ar livre terá lugar no dia 24 de abril, às 19h, no Pátio B do Museu da Língua Portuguesa
E.T. – O Extraterrestre E.T. – O Extraterrestre
“E.T. – O Extraterrestre” (1982), realizado por Steven Spielberg

O clássico “E.T. – O Extraterrestre” (1982), realizado por Steven Spielberg, foi o filme escolhido para assinalar o primeiro aniversário do Luz na Tela, projecto de cinema ao ar livre promovido pelo Museu da Língua Portuguesa, instituição vinculada à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

A sessão terá lugar no próximo dia 24 de Abril (quinta-feira), às 19h, no Pátio B do Museu, com entrada livre e distribuição gratuita de pipocas e refrigerantes. Não é necessário efectuar reserva: basta comparecer, escolher um lugar e deixar-se emocionar com esta inesquecível história de amizade entre uma criança e um pequeno ser de outro planeta.

Localizado no emblemático edifício da Estação da Luz, o Museu transforma o espaço público num verdadeiro cinema a céu aberto. A curadoria do Luz na Tela está a cargo do colectivo Soberano – Rua do Triunfo, responsável por seleccionar obras que dialogam com o território e com as vivências urbanas.

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Nas primeiras onze sessões, o projecto já reuniu 1.945 espectadores, reforçando o seu compromisso com o acesso democrático à cultura no coração da cidade.

Antes da exibição da longa-metragem, será apresentado o curta-metragem “Hotel Laide”, filmado na região da Luz, onde se situa o Museu. O filme aborda a importância dos hotéis sociais no contexto das políticas de redução de danos, lançando um olhar sensível sobre as realidades sociais do centro de São Paulo.

E.T. O Extraterrestre

Lançado em 1982, “E.T. – O Extraterrestre” é daqueles filmes que marcaram gerações. Realizado por Steven Spielberg, conta a história de Elliott, um miúdo que encontra um ser vindo de outro planeta, perdido na Terra.

Nasce então uma amizade improvável, mas cheia de ternura, entre o menino e o extraterrestre. Com a ajuda dos irmãos, Elliott tenta encontrar uma forma de ajudar o amigo a regressar a casa — tudo isso enquanto se escondem das autoridades.

O filme conquistou o mundo logo à chegada. Foi um dos maiores êxitos de bilheteira da história do cinema e tornou-se um verdadeiro fenómeno cultural. Recebeu nove nomeações aos Óscares, incluindo para Melhor Filme e Melhor Realizador, e venceu em quatro categorias: Melhor Banda Sonora Original, Melhor Mistura de Som, Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Visuais. A emocionante partitura de John Williams ajudou a eternizar momentos que ainda hoje emocionam.

E quem não se lembra da cena em que Elliott e o E.T. voam de bicicleta pelo céu iluminado pela lua? Uma imagem que ficou gravada na memória colectiva e que simboliza a magia do cinema como poucas outras.

Mais do que um clássico da ficção científica, E.T. fala sobre amizade, empatia, infância e o medo de crescer. Um filme que continua a emocionar, seja na primeira ou na décima vez que o assistimos.

Um ano de cinema ao ar livre e democrático

Com curadoria do Soberano – Rua do Triunfo, o Luz na Tela consolida o Museu da Língua Portuguesa como um espaço de cinema democrático no centro histórico da capital paulista. O projecto nasceu do diálogo com outras instituições culturais, moradores da vizinhança e pessoas em situação de rua. A iniciativa foi reconhecida com o Selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo.

Desde a sua estreia, em Abril de 2024, o Luz na Tela exibiu os seguintes filmes: “Luzes da Cidade” (Abril), “Diálogos com Ruth de Souza” (Maio), “Jeca Tatu” (Junho), “King Kong” (Julho), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (Agosto), “O Bandido da Luz Vermelha” (Setembro), “Pele de Vidro” (Outubro, na programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), “Super Xuxa contra o Baixo Astral” (Novembro), “Lisbela e o Prisioneiro” (Dezembro), “Divertida Mente” (Janeiro de 2025, integrado na Estação Férias), “Minha Mãe É uma Peça” (Fevereiro de 2025) e “Limite” (Março de 2025).

“Acreditamos que a convivência é essencial para romper estigmas e construir uma comunidade verdadeiramente inclusiva. O Luz na Tela é uma experiência de inclusão social num espaço seguro de partilha e encontro”, afirma Roberta Saraiva, directora técnica do Museu da Língua Portuguesa.

“Tem sido maravilhoso ver pessoas em situação de rua, crianças da Ocupa Mauá, imigrantes, moradores dos bairros vizinhos e cinéfilos de diferentes pontos da cidade a partilhar o mesmo espaço, a mesma pipoca e o mesmo refrigerante. O cinema é, de facto, uma experiência mágica”, finalizou Saraiva.

Para Renata Forato, do Soberano – Rua do Triunfo, é uma honra assumir a curadoria do projecto:

“São noites em que a sétima arte ilumina rostos, resgata memórias e tece novas ligações entre a cidade e a sua gente. O impacto desse encontro entre palavras e imagens continua a crescer, reforçando a ideia de que a cultura pertence a todos. Celebramos este primeiro ano com gratidão e com a certeza de que ainda há muitas telas por iluminar e histórias por contar.”

Exibições

As sessões do Luz na Tela são realizadas numa tela de 4 x 2,3 metros, instalada no Pátio B do Museu. O público assiste aos filmes confortavelmente acomodado em cadeiras, bancos e pufes distribuídos pelo espaço. Mesmo em dias de chuva, as sessões são mantidas, pois decorrem numa área coberta. E como não poderia faltar, há sempre pipoca e refrigerante gratuitos para todos os presentes.