As filmagens de “Escola Sem Muros”, novo longa de Cao Hamburger, chegaram ao fim no último dia 22 (sexta-feira). Foram, ao todo, seis semanas de gravações em São Paulo, para contar, em uma adaptação livre, a história da Escola Campos Salles, de Heliópolis, que se tornou referência no ensino público do país por sua forte integração com o bairro.
“Escola Sem Muros” marca o retorno de um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro contemporâneo, quase vinte anos após ter levado o Brasil à shortlist do Oscar de Melhor Filme Internacional com “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (2006).
A trama se passa em 1995, quando um novo diretor chamado Braz Nogueira (Júlio Andrade), chega à Campos Salles. Determinado a quebrar os estereótipos causados pela violência, ele, ao lado dos líderes comunitários Orlando (Flavio Bauraqui) e Rosana (Larissa Bocchino), encara os desafios que os alunos enfrentam todos os dias, com o objetivo de devolver a escola para a comunidade.
“Escola Sem Muros” conta com a direção de Cao Hamburger, que também assina o roteiro com Thayna Mantesso, Tom Hamburger e Marcelo Gomes. A produção é da Gullane, coproduzido pela Ukbar Filmes (Portugal), Globo Filmes, Telecine e Caos Produções, e em associação com o grupo Playtime.
O filme conta com investimento do Fundo Setorial do Audiovisual, apoio do Governo Federal, do Ministério da Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo e da Spcine através da Lei Paulo Gustavo, além do apoio institucional da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Chegará aos cinemas pela Califórnia Filmes.
Cao Hamburger é conhecido por trabalhar com temáticas direcionadas para o público infanto-juvenil. Nascido em São Paulo, Hamburger cresceu em meio às artes e é sobrinho de Flávio Império, renomado cenógrafo e artista plástico. Seus trabalhos iniciais foram curtas metragens, até que, em 1993 criou a série “Lucas e Juquinha em Perigo! Perigo! Perigo!”.
Estreou na direção de longa com “Castelo Rá-tim-bum” (2000), mas começou no cinema com o curta de animação de massinha “Frankenstein Punk” (1987), codirigido com Eliana Fonseca, vencedor do prêmio de melhor curta do júri oficial e do júri popular em Gramado.

