Os proprietários de salas de cinema do Reino Unido estão chocados e frustrados com a decisão da Disney em retirar “Mulan” dos cinemas e estrear diretamente na plataforma de streaming Disney+: “É uma merda para os exibidores”.
Num ano em que os exibidores tanto procuram recuperar aquilo que perderam durante o confinamento, devido à pandemia, sentem-se agora frustrados em perder aquele que é um dos blockbusters mais aguardados de 2020. Desde o primeiro dia do desconfinamento, só reabriram no Reino Unido cerca de 40% das salas de cinema, pelo que os exibidores anseiam por uma estreia comercial forte para motivar o público a ir ao cinema.
Os proprietários dos cinemas consideram que esta decisão “não foi tomada levianamente” e que a mudança foi “um passo atrás”.
“Em primeiro lugar, vai privar centenas de milhares de espectadores de assistirem a um filme tão impressionante no melhor ambiente possível, o cinema.”
“Com os cinemas em todo o Reino Unido a reabrir e a receber de volta os seus clientes, a decisão da Disney de colocar Mulan no seu serviço Disney+ e não nos cinemas será vista por muitos como extremamente dececionante e imprevisível.”
Esta semana a Disney anunciou que o remake em live-action de “Mulan” deixa de estrear nas salas de cinemas e passa a ter estreia mundial na plataforma de streaming Disney+ (Plus) a 4 de setembro, mas que poderá estrear em algumas salas de cinema selecionadas, mas apenas onde não existe o serviço de streaming e onde os cinemas já estejam abertos.
“Mulan” vai chegar à Disney+ em várias regiões (incluindo EUA, Canadá e vários países da Europa) a 4 de setembro. No entanto, o filme não vai estar no catálogo normal do serviço, mas sim como um conteúdo premium, pelo que custará custará 30 dólares (cerca de 25 euros).