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Aposta forte para a Retrospectiva de Sarah Maldoror, a primeira a acontecer de forma quase integral do corpo da obra da cineasta, umas das primeiras mulheres a empunhar uma câmara e a transformar o cinema Africano dali em diante. De 1 a 8 de Setembro na Sala M. Félix Ribeiro da Cinemateca Portuguesa e ao ar livre na Esplanada da mesma. A acontecer neste mesmo local, é de realçar a mesa redonda “O Cinema de Sarah Maldoror” em torno da retrospectiva da cineasta no próximo dia 3 de Setembro às 18h que contará com a presença da filha de Sarah, Annouchka de Andrade, das investigadoras Maria do Carmo Piçarra e Raquel Schefer, da jornalista Marta Lança, e da programadora da Cinemateca Joana Ascensão.
Parando pela Competição Nacional, há filmes de Susana Nobre, Catarina Ruivo e até João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata. Mas há também primeiras obras que pedem a nossa atenção. De Granary Squares a Simon Chama, passando por uma enchente de curtas-metragens, olhamos para o cinema que a pandemia também trouxe. Na Competição Internacional, receberemos as vozes de Ephraim Asili e Alice Diop que tentam trazer ao de cima um entendimento sobre a diáspora africana. What Do We See When We Look At The Sky, filme-pérola da Geórgia combina o melhor humor da vida quotidiana num filme sobre amor suspendido. A secção Silvestre leva-nos até ao universo tão bizarramente actual de Bad Luck Banging or Loony Porn, de Radu Jude. O foco Silvestre apoia-se no trabalho de Camilo Restrepo e na “sua atenção à dimensão processual dos gestos”. O IndieMusic este ano revela-se uma composição explosiva de filmes sobre Ney Matogrosso, The Sparks Brothers, St.Vincent. Pedro Costa e Paulo Rocha enfeitiçam a secção Director’s Cut onde se encontram também filmes de Orson Welles e da magnífica Bárbara Virgínia. Nas sessões especiais deste ano, é de salientar filmes sobre Nuno Portas, urbanista português, os artistas plásticos Maria Helena Vieira da Silva e Árpád Szenes e de Vila Franca de Xira, A Vermelha.