Skip to content

Mais de 40 anos depois estreia “O Outro Lado do Vento”, de Orson Welles, na Netflix

O Outro Lado do Vento 1 1 O Outro Lado do Vento 1 2

Mais de 40 anos depois chega o trailer de “O Outro Lado do Vento”, o mítico filme inacabado de Orson Welles, que terá a sua estreia comercial a 2 de novembro na plataforma de streaming Netflix. O filme, rodado na década de 70, vai estrear no Festival de Cinema de Veneza no dia 31. Realizado por Orson Welles e produzido por Frank Marshall e Filip Jan Rymsza, este é um dos filmes mais aguardados do ano.

Em 1970, o lendário realizador de “O Mundo A Seus Pés” (1941), Orson Welles, começou a filmar o que acabaria por ser a sua última obra cinematográfica com um elenco de estrelas de Hollywood, incluindo John Huston, Peter Bogdanovich, Susan Strasberg e a sua companheira durante os seus últimos anos, Oja Kodar. Entretanto, questões financeiras criaram entraves na produção, que acabou por se estender ao longo dos anos e ganhando notoriedade, mas nunca tendo sido terminada nem lançada. Mais de mil rolos de negativos cinematográficos definharam num cofre em Paris até março de 2017, quando os produtores Frank Marshall (que foi gerente de produção de Welles durante as filmagens iniciais) e Filip Jan Rymsza lideraram esforços para que o filme fosse concluído mais de 40 anos depois.

O Outro Lado do Vento 2 3

banner horizontal 2025 5 4
Publicidade

Com uma nova banda sonora do compositor francês Michel Legrand (vencedor de três Óscares), reeditada por uma equipa técnica que inclui o editor Bob Murawski (vencedor de um Óscar), “O Outro Lado do Vento” é a visão de Orson Welles tornada realidade. Conta a história do realizador J.J. “Jake” Hannaford (Huston), que regressa a Los Angeles com planos de concluir um filme inovador, após anos de autoexílio na Europa. Tanto uma sátira ao sistema de estúdio clássico quanto ao sistema da Nova Hollywood – que na época agitava as águas –, o último testamento artístico de Welles é uma fascinante cápsula do tempo de uma era agora distante no cinema, assim como é o tão esperado “novo” trabalho de um mestre indisputável.