25 de Abril

“Mais Pesado é o Céu” é o grande vencedor do 15.º FESTin

O filme do realizador brasileiro Petrus Cariry foi aclamado pelo júri
Mais Pesado que o ceu de Petrus Cariry 1 Mais Pesado que o ceu de Petrus Cariry 2
"Mais Pesado é o Céu", de Petrus Cariry

O filme brasileiro “Mais Pesado é o Céu”, do realizador Petrus Cariry, foi o grande vencedor da 15.ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa.

O júri, composto por Cesar Meneghetti, Dulce Fernandes e Eric Santos, salientou que, embora o Ceará ofereça vastos horizontes, o filme consegue evocar uma atmosfera opressiva, retratando de forma intensa o desencontro das almas e o desespero inerente à condição humana.

Cíntia Rosa, de “A Festa do Léo”, foi agraciada com o prémio de melhor actriz, enquanto Caco Ciocler, por “As Polacas”, recebeu o de melhor ator.

Outros prémios

Na preferência do público, o título laureado foi “Na Mata dos Medos”, realizado por Antônio Borges.

Já na categoria de documentários, a vitória sorriu para “De Longe Tida Serra é Azul”, sob a realização de Neto Borges.

De acordo com a avaliação do júri formado por Jorge Pais, Ilana Oliveira e Paula Sousa, a obra não apenas aborda a história das raízes do Brasil, mas também oferece uma visão contemporânea e imprescindível sobre o legado dos povos indígenas.

“Com imagens impressionantes e entrevistas envolventes, o documentário desafia os espetadores a repensarem as suas noções de progresso e desenvolvimento”, destacou o júri.

Curtas-metragens

Na categoria de Curtas-Metragens, o vencedor foi “Joia”, do realizador brasileiro Jonathan Samukange.

Segundo o júri da categoria, composto por João Carlos, Pedro Henriques e Aleixei Waichenberg:

“O filme é corajoso, com interpretações densas que retratam uma luta histórica pela sobrevivência”.

Balanço

Adriana Niemeyer, uma das mentes por trás do FESTin, partilhou com a imprensa que nesta edição do festival o foco foi explorar temas como diversidade, imigração, direitos humanos e música, através de uma seleção diversificada de filmes provenientes de vários países lusófonos. Ela expressou a sua satisfação e, ao fazer um balanço geral do evento, afirmou que tudo superou largamente as expectativas.

15 anos de FESTin

Na sua 15ª edição, o FESTin reforçou ainda mais a importância de compartilhar o cinema produzido em português.

Focando em aspectos essenciais para fortalecer as coproduções, programas de apoio à distribuição internacional de filmes e ações de promoção do cinema, esta iniciativa estimula a difusão, a interculturalidade e a inclusão social entre os cidadãos dos nove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Respeitando e valorizando a diversidade cultural de cada nação.

O carácter itinerante do Festival, ao longo dos 15 anos, tem deixado uma marca positiva e notória, não apenas nas edições realizadas em Lisboa, mas também nas suas apresentações em Angola, em São Tomé e Príncipe, em Timor Leste, em Cabo Verde, na Guiné-Bissau e no Brasil.

A particularidade dos filmes exibidos durante o Festival destaca-se pela criatividade e originalidade das obras, muitas das quais independentes das pressões da indústria cinematográfica. Diretores e produtores têm a oportunidade de compartilhar suas visões autênticas e diversas, frequentemente ligadas à cultura de seus países.

O FESTin continua sua importante missão de difundir, apoiar e promover o cinema, que tem como legado cultural comum, a língua portuguesa (falada atualmente por 270 milhões de pessoas), contribuindo para transformar a comunidade de países de língua portuguesa em uma comunidade de cidadãos irmãos.


Vencedores

Prémio Pessoa Melhor Filme Ficção: “Mais pesado é o céu”, de Petrus Cariry;

Menção Honrosa Longa-Metragem: “A Festa do Léo”, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo;

Melhor Filme Longa-Metragem voto do público: “Na mata dos medos”, de Antônio Borges;

Prémio Pessoa Melhor Ator: Caco Ciocler, em “As Polacas”;

Prémio Pessoa Melhor Actriz: Cintia Rosa, em “A Festa de Léo”

Prémio Pessoa Melhor Documentário: “De Longe toda Serra é Azul, de Neto Borges;

Menção Honrosa de Documentário: “Rua Aurora – refúgio de todos os mundos”, de Camilo Cavalcante;

Melhor Documentário voto do público: “Lindo”, de Margarida Gramaxo;

Prémio Pessoa Melhor Curta-Metragem: “Joia”, de Jonathan Samukange;

Menção Honrosa Curta-Metragem: “Bodas de ouro”, de Liza Gomes

Melhor Curta-Metragem voto do público: “Joia”, de Jonathan Samukange;

Melhor filme Infantil voto do público: “Bonita de rosto”, de Ana Squilanti

Melhor filme Mostra Os Diferentes Sotaques da Lusofonia: “O afinador de silêncios”, de Mário Patrocínio.

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