Skip to content

“Profession du père”: Filme protagonizado por Benoît Poelvoorde estreia a 9 de fevereiro no Brasil

Photo 3 Profession du Pere ©carolinebottaro scaled 1 Photo 3 Profession du Pere ©carolinebottaro scaled 2

Para o pequeno Émile (Jules Lefebvre) seu pai é seu herói. Suas histórias são as melhores do mundo, e suas profissões inigualáveis. Esse é o ponto de partida da comédia francesa Profession du père” (“Histórias de meu Pai”, no Brasil), de Jean-Pierre Améris, que chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 09 de fevereiro.

Realizado por Jean-Pierre Améris e coargumentado com Murielle Magellan, a partir do livro do francês Sorj Chalandon, Profession du père combina comédia e drama através de uma figura peculiar no personagem paterno mitomaníaco, André, interpretado pelo celebrado ator e humorista belga Benoît Poelvoorde (“Coco avant Chanel”), pelo olhar de seu filho.

©carolinebottaro 5663 3
Divulgação | Foto: Caroline Bottaro

Em si, a trama se passa no começo dos anos de 1960, e André conta ao filho suas grandes peripécias, como campeão de judô, paraquedista, jogador de futebol, espião, e, em especial, Conselheiro de Charles de Gaulle – quase uma versão humorizada de “O Grande Peixe” (2003), de Tim Burton.

banners maio 2025 2 4
Publicidade

Chega o momento da missão mais importante de André, e ele pede ajuda ao seu filho que deverá se arriscar por seu pai. Mas, e se as histórias do pai forem mentirosas?, começa a se questionar Émile. A mitomania do protagonista é vista com ingenuidade e algo de lúdico pelo olhar do filho.

Sobre a questão, Améris comenta que o livro de Sorj Chalandon é muito mais soturno, mas, para o longa, já no argumento, ele e Magellan mudaram um pouco o tom, aproximando-se de uma comédia. Na visão da dupla, o longa devia ser uma espécie de fantasia que ecoasse a loucura do pai. Tanto que, o foco do texto está voltado no ato de inventar. Para Améris, inventar sua vida, às vezes pode ser mais alegre do que a vida real.

©caroline bottaro 9514 5
Divulgação | Foto: Caroline Bottaro

Ele aponta, no entanto, que há um lado bastante dramático, sério no filme, sobre um pai que abusa de seu filho psicologicamente.

 

“O pai não quer destruir seu filho, nem apagá-lo. Ele quer arrastá-la para sua loucura, para um mundo de pura ficção, mas o que acaba sendo perigoso. Tudo isso para não ficar sozinho ali, para ter um amigo. Você precisa de um ouvinte mitomaníaco. Ele aparece como um herói aos olhos de seu filho, que quer fazer de tudo para estar à altura. E a criança não consegue perceber isso, ela não tem as ferramentas.”

 

Desde o início, Améris conta que tinha Poelvoorde como protagonista do longa. “Na verdade existe um medo hoje de fazer o papel de um homem que humilha a esposa e bate no filho. Mas se os atores não estão ali para encarnar a escuridão humana, tudo desmorona.  E Benoît faz isso muito bem, pois esta também é a nossa humanidade. E Benoît, sem salvá-lo, o torna humano.  O pai é um homem sobrecarregado consigo mesmo e que sobrecarrega aqueles que o cercam. Ele tem medo de não ser ouvido.”

©carolinebottaro 5961 6
Divulgação | Foto: Caroline Bottaro

O filme aborda “não apenas o impacto duradouro da Guerra Franco-Argelina e suas consequências, mas também o impacto da saúde mental e do trauma em uma família quando uma (ou ambas) das pessoas que sofrem são pais. É uma área difícil e abrangente de cobrir, mas é feita de uma maneira que ainda há esperança – para aqueles que passaram por isso e para aqueles que ficaram para trás”, diz o site Franco Files UK, sobre Profession du père.

O elenco do filme conta ainda com Audrey Dana, Martine Schambacher e Nicolas Bridet.

 

 

Cartaz brasileiro

cartaz As Historias de Meu Pai page 0001 7